Este conc (s) elho não é novo, e ao que parece, velhos não existem por cá…!
País onde cada vez mais a velhice se instala, numa fase descendente de todos nós viventes habitantes desta galáxia, onde a vida é tratada como se tivéssemos um prazo de validade e a acção conjuntural se tratasse com bons slogans e valores altos de aparência, na mira do período eleitoral e num tempo em que mais apoios urgem na lábia, certo é que o sentido humanista de primeira linha tarda infelizmente, e os entendidos em surdina se entretêm, tratando este fenómeno com pinças e com curativos dúbios.
-Há concelhos, que se dizem ser de oportunidades… com visão futura de modernidade, onde o progresso se assemelha a bafio oportunista que, levam à cegueira, e fazem esquecer aqueles que, quase tudo ou mesmo tudo deram da sua vida e agora se sentem numa triste vivência de desilusão e lançados no esquecimento, tantas vezes, e para quem não compreende, posso estar eu no círculo dos chamados do Restelo e outros tais nomes, irrelevantes dadas as artimanhas que, eu denomino de alarvidades.
-Um tempo de modernização difícil e, são feitas inaugurações quase todos os dias, com políticos e politicas cada vez mais imponderadas, onde se esbanja o que há e que não nos pertence por vezes, pensam apenas na rentabilidade do sistema para o protagonismo, que os faz sentir felizes e com embrulhadas a jeito e em papel vistoso, esquecem que a sua existência se deve à luta de outros, pelo trabalho ou pela esperança, das velhas gerações, para a ideologia de um outro caris e de uma vida melhor.
-Jogando às cartas nos jardins públicos, ao dominó nos botequins, num País onde a Segurança Social parece ser uma esmola, não se é dado muitas vezes o que apregoam, em vez de haver uma política voltada para um trabalho de base justo…uns merecem outros não. Há para com os idosos, uma indiferença que passa pela mitigação de direitos e de uma espécie de esmola, chegando a ser tratados como os inúteis sem a contabilização primeira do deve-haver da sua específica situação, nesta sociedade de números, onde a mera estatísticas forjada, serve de meio credível para a alteração da substância e da vivência humana.
-Propostas politiqueiras, cujo valor e peso se calcula em votos na caixinha do voto ou no rol dos comparsas, á mistura com muita lengalenga prendada e ideias impensáveis de concretização, com o modelo de marketing usado nas «democracias», entregues a cultos insuspeitos, cuja inteligibilidade é medida pelo objectivo do ganho.
-Filhos de um Deus menor, os nossos idosos sabem perfeitamente avaliar o estado e condições de cada um, onde o futuro depende das achegas e das boas vontades não se sabe de quem, nem até quando, visto que o sistema professando lindas e meigas teses, não liga a quem, vivendo de um trabalho precário, sem horário definido, faz que ainda sejam os avós, quantas vezes sem condições, terem com rasgados sorrisos dizerem viver em liberdade não condicional.
-A exploração desenfreada de muitos, talvez tantos como as mães, a chantagem dos investidores, do Poder económico accionista e contraccionista com maniqueísmo entrincheirado ou á solta, doentes mentais na sua forma mais bárbara, para quem o euro ou o dólar medem a sua importância entre os seres humanos. Não há creches suficientes para os filhos dos que trabalham, nem lares para os nossos velhos que já não podem ser oportunistas profissionais da política.
-Em qualquer autarquia, uma associação a sério, seria uma forma conjunta de administrar os bens produzidos, ao mesmo tempo que os bens obtidos teriam a cumplicidade de todos, incluindo a do poder autárquico, pensa em lares da terceira idade, feitos de raiz com a dignidade que a velhice merece?
Para quando verdadeiros centros de dia para quem tem casa e necessita, não de uma instituição tipo aquartelamento do século passado, como o que ainda temos?
Para quando um apoio responsável e sem burocracia para os com mais dificuldades, sejam estes monetariamente menos ou mais carentes, dado o interessante seria viver com dignidade e satisfação
-Idosos ou mais velhos, a substância é a mesma, sempre sobrecarregados pelas limitações de uma vida digna, com reformas míseras e dificuldades de locomoção extremas, merecem uma resposta digna por parte dos responsáveis e dos centros de saúde, 24 horas por dia para quem precisa.
-Haverá dinheiro para brincar ao Poder mas não para a criação de instituições ou da sua ampliação, de molde a que quem necessita se sinta apoiado, dado que velhos métodos parte dos quais ultrapassados e viciados em terras de oportunidades logradas, munidas de chavões politicamente correctos no substantivo e de frontalidade elitista, realçando parte destas as verdades de que neste País nunca haverá velhos, sabendo que na maioria dos casos, e em contra senso, serão os mesmos… de visual e necessidades diferentes.
JPBR090515
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