quarta-feira, 15 de outubro de 2008

PARA MEMÓRIA FUTURA

A RÁDIO CÁ – TÁ



12,00 Horas de uma Segunda-feira. No dia anterior, tinha, (por convite feito pelo meu saudoso amigo Vicente) dado “uma entrevista” na qualidade de Presidente dos Bombeiros Voluntários do Alandroal, e conduzida por esse amigo, na rádio do Redondo pioneira das rádios locais.
Vinha fascinado não só pelo impacto que “tal coisa” causou, como ainda pela maneira como os Redondense acarinhavam a sua rádio.
Nos CTT o freguês nessa hora foi o Carlos Gomes, rapaz que mal conhecia mas que tinha há pouco aberto estabelecimento de electrodomésticos e afins na Rua João de Deus.
Ele tinha escutado a rádio em questão e a entrevista. Sobre o assunto versou a nossa conversa.
Era bonito ter uma rádio no Alandroal – disse eu
É fácil fazer isso – disse o Carlos
Vá lá buscar um disco
Serve a Amália?
Deixe estar o rádio nesta frequência (havia sempre um rádio a tocar na Estação dos CTT)
Ainda não tinham passados 20 minutos e o disco começou a ser difundido no meu rádio (e noutros também concerteza).
E ali nasceu a primeira e única rádio do Alandroal.
Era preciso arranjar um local (estúdio) onde pudesse ser montado o material. Aí valeu a boa vontade do Sr. Alexandre Recto que após pedido meu (como membro da Santa Casa) conseguiu autorização.
As primeiras emissões (experimentais) foram asseguradas por mim e pelo Carlos, mas depressa nos vimos rodeados de bons colaboradores que “trabalhando” nas mais rudimentares condições conseguiram captar a simpatia de todos os Alandroalenses.
Não foi fácil… que o diga o Carlos que de tanto se empenhar no projecto chegou a andar desaparecido (em busca de material) em Espanha.
Hoje, passados tantos anos recordo peripécias que tal aventura proporcionou:
A falta de luz publica no primeiro dia de emissão a valer, a primeira transmissão em directo de uma noite de fados nos bombeiros, quando o Zé Colunas e o Pua asseguravam uma emissão matinal e se piraram a tomar o pequeno almoço no Carraço e deixaram um LP a tocar e o mesmo riscou e durante uma hora não passou da mesma,,,zuuum…zummm…zummm.,, quando numa transmissão em directo da Procissão da Boa Nova em Terena presidida pelo Senhor Arcebispo eu tentei a entrevista e como introdução lhe chamei o Diácono que está agora aos microfones da RCT… claro que me lançou um olhar que valha-me Deus, quando entrevistei o Dr. Xavier, o Presidente da Câmara e a excelente entrevista dada pelo Mata-Pintos
Enfim… mesmo “rasca” era escutada e acarinhada.
E é verdade, o Senhor Presidente Melrinho, pese embora volta e meia “levasse” mandou construir um mini estúdio para a instalação da rádio.
Xico Manel

3 comentários:

Anónimo disse...

São tempos de recordações,tempos que já não voltam, recordo grandes momentos que ali passamos o que trabalhamos para por alguma coisa no ar. Recordo algumas entrevista que fiz com o Zé colunas( Manuel Bulhosa)cobertura às eleições , que por sinal numa dessas voltas perdi a antena do CB junto ao campo de futebol, quando cheguei a Montejunto é que vi que não a leva o que me obrigou a voltar ao Alandroal para montar outra antena no carro.
É pena não poder reproduzir o som das mesma reportagens pois ainda guardo algumas comigo.
Joao Pua

Anónimo disse...

Por que não passá-las a digital como vídeo e colocá-las no YOU TUBE?

ss disse...

obrigada xico , pelas historias que conta , e obrigada por se lembrar no meio de tanta aventura , do meu pai .