segunda-feira, 21 de julho de 2008

A VERDADE SOBRE O NOSSO PAÍS

Esta mensagem é um reenvio de um original da autoria de Manuel Rodrigues Cunha, pessoa que não conheço, mas cujo conteúdo me parece ter extremo interesse.

Os deputados, ministros, secretários de Estado, etc. sabem quanto ganham os elementos do Conselho de Administração do Banco de Portugal. Quem não sabe e os políticos pretendem que não seja conhecedor é o povo.
Os partidos políticos neste país têm servido fundamentalmente para uma cambada de oportunistas incompetentes conseguir ser nomeada para cargos a que por competência e mérito próprios nunca teriam acesso.
O Estado deveria ser uma entidade para gerir eficientemente os bens públicos em benefício do seu proprietário colectivo - o povo português - e simultaneamente regular dum modo isento e independente as relações entre os cidadãos.
Ao invés disso transformou-se numa imensa máquina de extorsão de dinheiro aos portugueses que nos está a levar a todos à ruína. E esse dinheiro extorquido aos contribuintes é sempre distribuído em benefício dos mesmos: os políticos e seus protegidos.
Só para ter ideia até que ponto estamos a ser explorados compare com a situação aqui ao lado em Espanha em que em sede de IVA enquanto nós pagamos 21% eles pagam apenas 16%. Em sede de IRS a diferença ainda é mais escandalosa. Segundo li num jornal diário da semana passada, em Espanha os contribuintes que ganhem menos de 16000,00€ / ano (ou 265 contos/mês) estão isentos de IRS. Só a partir desse valor é que os contribuintes começam a pagar IRS. Agora compare com a quantidade de IRS paga em Portugal para o mesmo rendimento.
Em sede do Imposto Municipal de Imóveis estamos também a ser roubados. O Decreto-Lei 287/2003 aprovado pela então Ministra das Finanças, a Dra. Manuela Ferreira Leite, veio criar condições ainda mais difíceis à vida dos portugueses. Conheço casos de apartamentos que já estão a pagar cerca de 1 200,00 € / ano de IMI. Mais grave ainda é o caso das moradias em que num caso que eu conheço o proprietário já foi obrigado a vender por não conseguir pagar o valor de IMI que as Finanças lhe atribuíram, cerca de 2300,00€ / ano. Quanto aos proprietários de imóveis que ainda pagam valores de IMI inferiores a 500,00€ / ano, eles que se acautelem, porque os imóveis ainda não foram reavaliados (o prazo em que as Finanças prevêem fazê-lo é de 10 anos) logo que seja efectuada a sua reavaliação irão começar a pagar valores da mesma ordem de grandeza. E estou a falar de habitações perfeitamente vulgares.
Por comparação com o caso português, um emigrante com quem estive hoje paga de uma moradia grande de que é proprietário no Luxemburgo, simplesmente o país com maior rendimento per capita da UE, apenas 70,00€ / ano de imposto sobre imóveis ao Estado luxemburguês. Compare agora com os milhares de euros cobrados pelo Estado português!
Em termos práticos significa que enquanto o português médio tem de trabalhar três meses e meio só para pagar os impostos anuais relativos à moradia, ao luxemburguês médio bastam-lhe apenas três horas e meia de trabalho para pagar o imposto equivalente. Será isto a famosa justiça social que os nossos governantes já andam a apregoar há tantos anos?
O que nos estão a fazer é imoral meu amigo. Comprámos casas para não estarmos a pagar renda a um senhorio e em vez disso a partir do infame decreto-lei da Dra. Ferreira Leite iremos ser obrigados a pagar renda ao Estado.
A situação de pobreza de uma parte da população é substancialmente mais grave do que aquilo que os nossos governantes querem fazer crer à opinião pública. Só no ano de 2006, 100 000 portugueses foram forçados a emigrar por não terem trabalho cá.
A estes juntam-se mais 80 000 que continuam a residir em Portugal mas já trabalham em Espanha durante a semana.
Se adicionarmos estes 180 000 emigrantes forçados aos mais de 400 000 desempregados oficiais concluímos que o número de desempregados ultrapassa já largamente os 600 000! Só não se nota nas estatísticas porque ESTAMOS A EXPORTAR DESEMPREGADOS!
A estes infelizes contrapõe-se uma minoria sem qualquer mérito que está cada vez mais rica fazendo negócios com o Estado, sob a protecção do Estado, ou favorecidos pelo Estado (vide empresas de obras públicas, telecomunicações, energia, banca, etc.), usufruindo de um regime de monopólio ou quase que lhes permite cobrar os preços que querem (normalmente exorbitantes) aos consumidores os quais são forçados a ser seus clientes porque não têm outra alternativa.
Muitas dessas situações não são noticiadas pelos média, porque não vendem jornais, e a insistência na sua publicação só iria fazer baixar as tiragens. A nível noticioso, o país está-se a transformar num jardim de infância para adultos, em que o povo prefere andar a ler a Caras ou outras revistas cor de rosa para saber quem vai para a cama com quem, do que informar-se, pronunciar-se e revoltar-se quando a sua qualidade de vida está em degradação permanente e acentuada.
É este o retrato dos portugueses. São explorados economicamente, maltratados pelos agentes do Estado, escarnecidos pelos políticos, desprezados pelos oligarcas, mas devido às sistemáticas operações de marketing, propaganda, manipulação dos media e contra informação efectuada pelos políticos, parte da população ainda anda satisfeita porque julga viver num cantinho do céu. Como diz o ditado popular, pobretes mas alegretes.
Contudo, nem todos andam satisfeitos. Para os mais atentos à situação social deste país o estado de espírito é de revolta e indignação pela situação degradante em que as suas vidas caíram. É neste momento evidente para essa franja mais atenta e desfavorecida da população que foi criado em Portugal um grande laço que está a estrangular a carteira e principalmente o cérebro dos portugueses.
Caso nada seja feito para o contrariar, Portugal caminha a passos largos para um regime totalitário de pensamento único, infestado de bufos e delatores sempre prontos a denunciar os contestatários às autoridades na esperança de serem promovidos, onde os ingénuos serão manipulados com operações de marketing, os discordantes serão descredibilizados com manobras de contra-informação nos media, os recalcitrantes serão perseguidos até deixarem de reclamar, e praticamente todos os cidadãos irão perder a liberdade de pensamento, expressão e actuação, continuam a ter deveres, mas deixaram de ter direitos. Por isso meu amigo, o futuro da situação dos direitos e liberdades individuais deste país também não se augura brilhante.
Isto é uma realidade que neste momento ainda não é apercebida por todos.
Ninguém é inocente em relação ao descalabro a que as coisas estão a chegar, mas alguns serão mais culpados que outros!
O Estado português está infiltrado por uma máfia de crápulas sem escrúpulos, moral ou princípios, que está a prejudicar gravemente e a fazer a vida negra aos seus concidadãos!
Só livrando-nos deles, revogando toda a legislação danosa e de favor aprovada, e denunciando contratos ruinosos, poderemos finalmente aspirar neste país a ter uma vida digna de ser vivida!
A VERDADE é importante para denunciar, debater e moralizar. Se o ambiente actual que se vive no país é de dificuldades e intimidação, o futuro que nos preparam é de miséria e opressão. E nós merecemos melhor!

2 comentários:

Anónimo disse...

Excelente e realista eis um artigo que deve servir-nos para ver e rever o estado a que chegou o país.Tudo o que nele se diz,é verdade.

A classe política é, de facto,demasiado oportunista e incapaz de colocar o país no caminho certo.

Isto para já não falar de um primeiro ministro mal preparado para o cargo,retórico,propagandista de si próprio e que se vem limitando mais recentemente, a ofender tudo e todos.

Mas,atenção,a História não pára.Mais dia menos dia este governo cairá.Venham melhores governantes.

Portugal, é muito maior do que os pequenos governantes que fingem governar-nos simplesmente à mercê da conjuntura.


ChuvaSeca

Anónimo disse...

É perfeitamente vísivel que tudo o que foi dito neste excelente artigo, se aplica a todos os níveis de poder.Não se pode deixar de fazer o paralelismo com certo poder autárquico,onde a mediocridade impera, os bufos habundam,os favores e favoritos prosperam e a imensa miopia politica impede que se reconheça que no dia em que tudo mudar, porque tudo muda,os poderosos de hoje, podem muito bem ser os pedintes de amanhâ.