quarta-feira, 11 de julho de 2007

X CONGRESSO DAS UNICIVITAS NO ALANDROAL – UM TRABALHO DE HUGO CALADO

X Congresso das UNICIVITAS no Alandroal

Decorreu entre os dias 5 e 8 do corrente mês, o X Congresso das Unicivitas, no Alandroal.
No dia cinco decorreu a sessão de abertura, esta em tom informal, pois poucos elementos da comissão de honra e da direcção das UNICIVITAS, estando apenas o vice-presidente Sr. Pontes, que veio de Angra do Heroísmo. Visto que era em tom informal o Sr. presidente da Câmara do Alandroal, desabafou dizendo que sentia uma mágoa, por naquela sessão de abertura não estar quase ninguém presente, referindo que aquele congresso não era do Alandroal mas de todos os municípios da união, e principalmente da festa de toiros
A segunda sessão, que teve lugar no dia seis pela manhã e mais uma vez com muito pouca assistência, foram oradores o Professor Luis Capucha e o Professor Carlos Portas. O Professor Capucha, falou da legislação portuguesa e o futuro da festa, disse que um dos principais problemas da festa baseia-se principalmente na proibição dos toiros de morte e as suas consequências. Afirmou que o toiro é o centro da festa e nunca se sente pena dele, mas sim respeito, ódio ou admiração, e que o ganadeiro cria o toiro, como Deus criou o seu filho, para este dar a sua vida, já o Professor Portas baseou a sua apresentação na historia da tauromaquia, mostrando vários quadros e fotografias para documentar o tema.
Pela tarde, e já com um pouco mais de assistência, foram oradores D. António Picamillis e o Maestro Vitor Mendes. Picamillis, falou dos novos valores e da renovação de carteis. Já Vitor Mendes proferiu sobre a bravura do toiro e a importância da sorte de varas.
A Terceira a ultima sessão, decorreu pela amanhã do dia 7, onde foram oradores o Dr. Luis Franco e o Dr. Joaquim Grave. O primeiro falou sobre a contestação das touradas – Origens e motivações e o Dr. Joaquim Grave sobre toiros, este que viu a sua apresentação condicionada, por o sistema informática não estar em condições.
Integradas neste congresso, estavam agendadas duas corridas de toiros, uma no Alandroal, onde estiveram em praça os cavaleiros Vitor Ribeiro, Alfonso Lopez Bayo e o matador Mehdi Savalli, pena foi o muito pouco publico que assistiu, talvez por causa dos preços dos bilhetes, que era de 25 euros, já a segunda corrida marcada para o dia 7 em Santiago Maior, não se chegou a realizar, por o ganadero não ter comparecido com os toiros na praça, ficando assim agendada para o próximo dia 28.
Queria para finalizar deixar uma nota critica para a Câmara Municipal do Alandroal, para que quando voltar a organizar um evento deste tipo, comece não só por formar uma comissão de honra, mas também por convidar toureiros, ganaderos, empresários, etc, depois cumprir horários, houve sessões a começarem com duas horas de atraso.
Hugo Calado

ARTIGO DE OPINIÃO – Publicado no Jornal Olé

Um congresso sem congressistas…

No passado fim de semana tive o prazer de me deslocar ao Alandroal para assistir e fazer a cobertura jornalística do X Congresso das UNICIVITAS (União Internacional das Cidades e Vilas Taurinas.
Por acaso aguardava este congresso com expectativa, pois os últimos congressos têm sido um sucesso, com muitos participantes. No entanto este X Congresso foi uma decepção para mim.
Digo isto porque das quatro sessões que se realizaram, a que eu assisti, poucos foram os congressistas que marcaram a sua presença, elementos da comissão de honra também foram poucos os que apareceram, marcando presença só aqueles que foram oradores, como é o caso do professor Dr. Carlos Portas, Dr. Joaquim Grave, Dr. Luis Franco, D. António Picamills e ainda José Carlos Amorim, este que não foi orador, mas quis marcar a sua presença, neste evento tão importante.
Um não gosto muito de criticar este tipo de eventos, pois já é muito bom realizarem-se, mas que se realizam respeitando a festa de toiros e fazendo com que esta no final saia engrandecida, e não foi o que se passou neste congresso que se realizou no Alandroal.
Como já referi anteriormente, metade da comissão de honra não compareceu, cada sessão começou com mais de uma hora e meia de atrasado o que fez com que cada orador, diminuísse ao máximo as suas intervenções, o que é pena, pois cada um deles teria muita coisa interessante por dizer. No entanto e na minha opinião um congresso deverá ser um evento onde se debatam assuntos relacionados com um determinado tema, neste caso a festa brava e onde se tome decisões e claro onde também haja colóquios.
No caso deste X Congresso das UNICIVITAS, a ordem de trabalhos baseou-se em colóquios e pouco mais, é claro que estes são sempre importantes e poucos, quantos mais melhores para a nossa cultura taurina continue a crescer, mas a festa de toiros em Portugal precisa que se tomem decisões, e penso que tem de ser nestes congressos que essas decisões têm de ser tomadas, que se decida que iniciativas se têm de fazer para levantar novamente a festa.
E penso que isto não aconteceu neste congresso que se realizou no Alandroal, pois era impossível decidir-se alguma coisa, pois nem toureiros, nem ganadeiros, nem empresários, nem imprensa marcaram presença, é pena que tenha sido assim, pois a Tauromaquia em Portugal, precisa de um novo incentivo.
Incentivo esse que tem também de vir da parte das autárquicas, como a sigla indica, UNICIVITAS, é uma união das autarquias com tradição taurina, e neste dito congresso, teve lugar uma assembleia geral desta união, á qual tive a oportunidade de assistir a parte dela, pois eu sai a meio, porque vi naqueles autarcas todas as intenções menos a de apoiar a festa, peço desculpa estar a ser um pouco duro, mas acho que tem de ser, pois nesta assembleia, que era para ser á porta fechada, tomaram-se algumas decisões, mas em todas se discutiram quanto se ia gastar, é certo que os tempos estão difíceis em termos económicos, mas por uma vez vamos pensar na festa e deixar de pensar só em dinheiro, porque falou-se de tudo de cotas a pagar e as únicas coisas que ficaram decididas em prol da festa, foi a construção dum site, onde se irá valar da União e a distribuição de panfletos com as datas das corridas das cidades e vilas taurinas associadas.
E agora os aficionados perguntam, mas que conclusões se tiraram deste congresso, na minha opinião nenhumas.
E agora deixo também uma pergunta, onde andou a imprensa taurina? Porque afinal de contas só lá estive eu, representando o Jornal Olé! e o site www.toureio.no.sapo.pt, e os
outros? Porque é que quando o congresso se realizou na Moita, a imprensa esteve toda lá? É facto que a organização também não foi das melhores, mas penso que se a imprensa tivesse dado mais destaque a este evento, talvez os aficionados também tivessem ido assistir.
Á pouco disse que não se tiraram conclusões nenhumas deste congresso, mas depois do que já disse, pode-se concluir que todos os intervenientes não têm muitas intenções que as coisas mudem.
Peço desculpa se neste meu artigo fui um pouco duro, mas fiquei triste ao ver por exemplo o Maestro Vitor Mendes, falar do toiro bravo, para no máximo dez pessoas e o Dr. Joaquim Grave a falar para no máximo cinco pessoas. Penso que isto faz que pensar, que tem de haver mudanças de mentalidades, porque o que se passou no Alandroal foi triste. E espero que os congressistas não se tenham intimidado pelo calor do Alentejo.
Jornal Olé

AS FOTOS



Abertura do Gongresso



D. Antonio Picamillis



Dr Joaquim Gave



Dr Luis Franco



Presidente da C.M.A.



Professor Carlos Portas



Professor Luis Capucha



Victor Mendes

Fotos Hugo Calado

2 comentários:

Anónimo disse...

O principio do fim ?

Corte estratégico €€€€ para 2009 (eleições) ?

Ou apenas incompetência ?

Anónimo disse...

Grande farra!
Tão todos tão gordinhos.

Gostão muito de bolota.