segunda-feira, 9 de julho de 2007

AO CORRER DO TECLADO

As tradições e condutas, já não são o que eram.

- Paradoxalmente quase todos aqueles que se preocupam com o que se passa á sua volta, já repararam que a multiplicidade de situações aberrantes, insólitas, de especulação, de irrealismo e outras tantas confusões que connosco convivem no dia a dia, mais parecendo tentativas propositadas de nos ofuscar os pensamentos com folclores e assobiando para o ar, sem que o sentido da borbulhagem pouco clara e o ruído impositivo se esvaneçam, isto é… que a seriedade venha á tona, e muitas ideias ocas sejam esclarecidas.

- Muitos como eu, não compreenderão o speed dos acontecimentos. Quando por alma e graça do Espírito Santo o assunto merece tem andamento, por força da mãozinha e atenção especial ou pessoal, colocado no local certo e no interior do núcleo duro de uma qualquer Repartição, de contrário tudo continuará no passo de caracol arrepiante, quando a desvalorização é propositada e acontece com frequência, como seja a existência do planeamento de um hospital com terreno reservado, delineado e vedado vai para décadas, sem se saber o porquê, que o digam as populações de Loures, Odivelas e toda a zona norte de Lisboa, da sua verdadeira necessidade.

- A tradição e valorização da palavra dada não se compadece com lógicas ocasionais de uns quantos que conforme o vento sopra se desdizem e contradizem, recorrendo a desculpas que por vezes já não pegam, porque invariavelmente as razões e desculpas já todos nós conhecemos, fomentando por essa via o descrédito daqueles que na política agudizam a sua própria existência como função ou carreira, vêm estes na maior parte das vezes, uma superioridade na sua visão e saber, a que correspondem benesses não merecidas, tendo com finalidade apenas, o eldorado, ainda que tenham de se contradizer todos os dias, durante meia dúzia de anos de actividade.

- O tempo passa e, encontrar ordem na desordem por vezes é difícil. Onde as boas intenções já não chegam, perante os custos a suportar por todos indiscriminadamente, venham as verbas donde vierem, as polémicas fazem parte do quotidiano das pessoas, onde as insinuações não necessitam de ser provadas, com o desespero por vezes dos acusados onde o equilíbrio no trapézio é enorme e as comadres e os compadres também se zangam.

- Simultaneamente a moralidade e exigência que aos votados deveria ser imposta, discernindo em seu nome como representantes do povo, onde as respostas esfarrapadas não deveriam ter lugar porque a ninguém convencem, sendo sintomáticas as frases feitas sem qualquer responsabilidade ou certeza e por norma em calão “vejamos” “no entanto” “espera-se” “é transitório” “está em estudo”, com alvos do foro material e monetário, com tiques aberrantes e discussões de inutilidade de bradar aos céus, onde os problemas dos indivíduos e seu bem estar físico ou moral, será estudado numa nova oportunidade.

- Os iluminados queimam as suas pestanas na discussão da melhor forma de beneficiar com a criação de caracóis na Europa. Interessados que estão nos subsídios a atribuir-lhes, dedicam-se á pesca destes lentos animais, chamando-lhe peixes de água doce ainda que criados propositadamente em grandes quintas, mas… quem directamente terá o desplante de lhes chamar parvos? (Na EU os caracóis são considerados peixes de água doce)

- Porque o negócio e a cobiça despertam siso, existem leis que proíbem ferver leite que seja subsidiado, que poderá ser proibido operar os seios de menores ou ainda a possibilidade de proibição dos restaurantes ou as cafetarias, entregarem os produtos que não venderam no final do dia aos pobres e, parecendo uma aberração, estes mesmos produtos estarão proibidos de serem dados aos animais.

- Qual o preço do progresso que nos apresentam? Apontado incessantemente numa lógica evidente onde nada se vê mas que se sente, onde os impostos levam a maior parte dos rendimentos da maior parte dos contribuintes e extractos sociais identificados. Continuarão este a esperar por esta ou outra qualquer politiquice? Até quando? Em quem acreditar? Com perguntas concisas deveriam corresponder respostas sérias e directas, sem ses nem quês.

- Se o nome é pessimismo, e o sentir na pele, então estarei a falar verdade ao afirmar que a cada troca de emprego, que corresponde á mudança de vida por vezes de todo o agregado familiar, não vejo que a todos estes transtornos na qualidade e confiança de cada um possa alguém olhá-los com optimismo, isto sem contar com a praga de recibos verdes, onde os abusos das condições de trabalho se misturam com as incertezas e as espertezas das agencias empregadoras, numa mira de obrigações sem regalias.

- Na verdade é mesmo difícil agradar a gregos e a troianos mas, agradar a minorias é exercício arquitectado, é atitude de preferência ou de interesse, é governar sem cabeça nem coração, é ter uma visão partidária das situações criadas e das resoluções ideais de uma Nação.

- Assim e por tudo isto, de que cultura procuramos ou engenharia perspectivamos, para saberes tão dispares e perversos e por vezes nitidamente inconvenientes, para tanto sofisma ao cimo da terra?

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