Independentemente, de sermos um povo e um estado nação com características assinaláveis, nas quais, aliás, vem assentando a garantia da nossa difícil soberania, também é verdade que em Portugal, como no Alentejo…ou no Alandroal, se assobia muito para o ar, resultando daqui que os responsáveis políticos nacionais ou Locais após serem eleitos, se revelam, a muito curto prazo, Distantes, Ausentes e… Escondidos em demasia de quem os elegeu. À espera que a culpa (lhes) morra solteira.
Falta-nos e escasseia, especialmente, nos Agentes políticos uma verdadeira Educação e Cultura CÍVICA, enquanto vão sobrando “os porta-chaves” …os homens-de-mão-locais, os moços de recados e os pequenos caciques de tão triste memória. Os quais ou “recadeiam” ou ajudam à falsa e errada convicção de que quem tem o poder…e as Mordomias que lhe correspondem deve passar sempre Impune…
Sobra ainda em todo o país e na maioria dos concelhos, um peso partidário excessivo e fechado sobre si mesmo …Agora, se o Alandroal é uma excepção a este cenário…ainda bem que o é. Mas, João Cravinho, deputado do PS, e o P. da Republica, acabam alto e bom som, de alertar para isto mesmo, a propósito do combate aos vários tipos de corrupção, que parece grassar no país. Seja ela: MATERIAL ou ESPIRITUAL
Finalmente, o enquadramento exposto, pode e deve relacionar-se com o papel do Fórum Transfronteiriço. Conquanto a obra em si, seja boa e o nome sugestivo.
Mas… E o resto? O Fórum está, culturalmente falando, destinado ou não a ser mais um elefante branco? Já apresentou programas adequados ao Concelho? Têm vindo a ser executados? Quais são, se é que os há, os projectos para o futuro? Organizou, o quê?... Em matérias de interesses, problemas, motivações e temáticas transfronteiriças?
Esteve atento e promoveu Sessões de Leitura extensivas às Escolas do Concelho? Promoveu sessões de apresentações de Autores. Lançou sequer um ou dois debates sobre Assuntos de vária natureza, social ou económica, e que ao Concelho, na sua estreita e obvia relação com a Espanha mais deviam interessar?
TEM vida? Mais de um ano após ter aberto, em que ponto da situação estamos? De quem é a responsabilidade-mor? De quem deve ser a Iniciativa? Será que o Fórum é, ou pode vir a ser “um Caso de triste aborto cultural?...” Sem alma e sem vida previsível?
E quais são, os custos materiais ou espirituais de tanta fachada e de tanta inculta paralisia?
António Neves Berbém
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