quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

CRONICA DE OPINIÃO TRANSMITIDA HOJE NA RÁDIO DIANA/FM


JOSÉ POLICARPO
                                   A HISTÓRIA ESTÁ SEMPRE PRESENTE!
Fala-se por todo lado que, os líderes europeus, não estão à altura do tempo atual. Há muita insatisfação na classe média e os coletes amarelos vieram adensar essa sensação. É um facto objetivo que o pós-guerra trouxe à classe média trabalhadora privilégios, que até então não os tinha.
O modelo social introduzido pelas sociais-democracias que governaram os principais países europeus e fundadores da União Europeia, através deste modelo permitiram que a classe trabalhadora, na doença, no desemprego e na velhice passasse a ter proteção social. Foi um ganho civilizacional inestimável.
Contudo, está em curso um processo de internacionalização das economias dos países mais desenvolvidos denominado de globalização. Esta nova realidade veio trazer novos desafios aos países europeus sobretudo ao nível do emprego. Houve muitas empresas que deslocalizaram a produção para os países onde mão-de-obra é mais barata.
Por isso, o desemprego na união europeia tem vindo aumentar e muito longe está o tempo em que havia o chamado pleno emprego. Esta realidade veio importar um acréscimo da despesa pública nos vários países que integram a união europeia, mormente, na zona euro. E, o Estados para fazerem face a esta situação, carregaram na receita aumentando os impostos. As “vítimas” desta situação foi a classe média trabalhadora.
Ora, a conflitualidade social existente, latente e patente, tende a aumentar se nada for feito no sentido de serem equilibrados os esforços que cada um dos cidadãos está obrigado a fazer para a manutenção do contrato social. O estado social fora um ganho civilizacional e tem custos financeiros muito elevados. Porém, se os governos não souberem dosear os esforços que a comunidade terá de fazer, a consequência inevitável é o poder cair na rua.



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