JOSÉ POLICARPO
A HISTÓRIA ESTÁ SEMPRE PRESENTE!
Fala-se por todo lado que, os líderes europeus, não estão à altura
do tempo atual. Há muita insatisfação na classe média e os coletes amarelos
vieram adensar essa sensação. É um facto objetivo que o pós-guerra trouxe à
classe média trabalhadora privilégios, que até então não os tinha.
O
modelo social introduzido pelas sociais-democracias que governaram os
principais países europeus e fundadores da União Europeia, através deste modelo
permitiram que a classe trabalhadora, na doença, no desemprego e na velhice
passasse a ter proteção social. Foi um ganho civilizacional inestimável.
Contudo,
está em curso um processo de internacionalização das economias dos países mais
desenvolvidos denominado de globalização. Esta nova realidade veio trazer novos
desafios aos países europeus sobretudo ao nível do emprego. Houve muitas
empresas que deslocalizaram a produção para os países onde mão-de-obra é mais
barata.
Por
isso, o desemprego na união europeia tem vindo aumentar e muito longe está o
tempo em que havia o chamado pleno emprego. Esta realidade veio importar um
acréscimo da despesa pública nos vários países que integram a união europeia,
mormente, na zona euro. E, o Estados para fazerem face a esta situação,
carregaram na receita aumentando os impostos. As “vítimas” desta situação foi a
classe média trabalhadora.
Ora,
a conflitualidade social existente, latente e patente, tende a aumentar se nada
for feito no sentido de serem equilibrados os esforços que cada um dos cidadãos
está obrigado a fazer para a manutenção do contrato social. O estado social
fora um ganho civilizacional e tem custos financeiros muito elevados. Porém, se
os governos não souberem dosear os esforços que a comunidade terá de fazer, a
consequência inevitável é o poder cair na rua.
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