RUI MENDES
EM SENTIDO OPOSTO
Algumas vozes fazem justiça a Portugal.
Alexander Stubb,
ex-primeiro-ministro finlandês e actual vice-presidente do Banco Europeu de
Investimento, declarou recentemente que a Europa deve um agradecimento a
Portugal pelas tremendas medidas de austeridade que lhe foram impostas durante
a crise.
A Finlândia foi um dos países que mais exigiram a tomada de
medidas de austeridade aos países a que foram aplicados programas de
assistência financeira, pelo que este reconhecimento pelo trabalho feito deverá
ser por nós devidamente registado.
Stubb considera ainda que o anterior
Governo de coligação fez um óptimo trabalho numa situação difícil, mas que o
actual Governo mostra pouca acção referindo ainda: “se olharmos para o
desenvolvimento económico português, gostava de ver um desempenho melhor…é a
20ª economia com crescimento mais lento na Europa neste momento”.
São sensatas as observações de
Stubb, demonstrando realisticamente a situação do nosso país.
Queira-se ou não o anterior Governo fez um trabalho difícil, o
qual terá devido reconhecimento.
As políticas são como os
investimentos. Há que esperar pelos resultados.
E quando os resultados começaram a
aparecer entrou em cena o executivo que nos governa.
O actual Governo vive de medidas
avulsas, de bondade duvidosa, carregadas de ideologia, as quais destinam-se,
quase sempre, a apenas uma parte de cada determinado grupo, criando por isso
distorções que demorarão bastante a ser corrigidas.
Naturalmente que a economia do país
ressente-se da falta de estratégia e da pesada carga fiscal que lhe é imposta.
Mas se hoje somos uma economia das
que menos cresce na Europa bem o podemos agradecer ao actual Governo.
A continuar assim estaremos divergir
relativamente à maioria dos restantes países da Europa, ou seja, estaremos a
caminhar num sentido “oposto”.
Até para a semana
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