COLIGAÇÕES
Aproximando-se
as eleições autárquicas fará sentido, nesta fase, falar sobre coligações.
Coligação
será um acto de agregação de vontades, uma forma de aumentar votação e assim
elevar as possibilidades de eleger candidatos.
Mas
será condição prévia à constituição de uma coligação que o projecto seja
partilhado e defendido de forma comum, e que os eleitorados dos partidos que se
constituem em coligação partilhem valores e espaços políticos próximos.
Mas
nem sempre as coligações resultam no aumento de votos, desde logo quando elas
não são valorizadas pelos eleitores, ou quando integram pessoas ou se fazem
referências que não são bem “recebidas” por uma das partes, resultando na fuga
de eleitorado, pelo que não conseguem somar.
Também
porque as coligações devem acontecer por razões de estratégias
político-partidárias, e devem ser perfeitamente percebidas pelos diferentes
eleitorados.
Contudo,
quem acompanha os actos eleitorais terá, desde logo, a percepção, de quando uma
coligação faz sentido, ou de quando ela acontece sem razão que a sustente.
A
coligação Évora Primeiro foi, em 2013, um passo importante na aproximação do
centro direita num projecto autárquico, e ainda que não tenha sequência em
2017, não deixa de ter sido sustentada num projecto, num espaço político, e em
eleitorados que com diferenças, partilham valores comuns e que julgo
entenderem-se em matérias essenciais.
Idênticos
projectos aconteceram em tantos outros concelhos com resultados positivos.
Pelo
que será pouco percebível quando se constituem coligações com partidos que não
são representativos, não têm qualquer intervenção, e não se lhes conhece
qualquer projecto.
As
coligações têm que fazer sentido, só dessa forma somam, doutra forma, a
existirem, é algo que só poderá resultar em chacota.
Não
obstante, interessará conhecer os projectos, os compromissos que cada
candidatura irá assumir perante os cidadãos, e as estratégias que deverão ser
desenhadas para a cidade, e que candidatura fique absolutamente vinculada e
obrigada a cumprir o que defende em campanha, algo que como sabemos nem sempre
tem acontecido.
O
voto é para além de um dever de cidadania, um importante instrumento de
exercício da democracia, e é com ele que os eleitores mostram as suas
preferências, e é também com ele que fazem registar as suas discordâncias.
Até
para a semana
Rui
Mendes
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