SER PATRIOTA
SIGNIFICA DAR O MELHOR DE NÓS!
Ontem
fez quarenta e três anos que o país com a ajuda estoica e inestimável dos
militares, colocou fim a quarenta e oito anos de ditadura. O regime deposto era
autoritário e absolutamente caduco. Só a título de exemplo: a mortalidade
infantil era elevadíssima, como, também, a taxa de alfabetização era muito
baixa. A escolaridade obrigatória era a quarta classe. Para os mais novos que à
data ainda não eram nascidos, representaria o 4.º ano do primeiro ciclo do
ensino básico. Hoje, no entanto, é o 12.º ano.
Na verdade, o regime democrático
trouxe progressos na saúde e na educação muito consideráveis e a adesão à então
CEE, comunidade económica europeia, não fora alheia a estes desideratos. Os
fundos estruturais concedidos pela U.E. contribuíram inegavelmente para o
bem-estar geral dos portugueses. Porém, muito ficou por fazer, e, por isso,
muito tem que ser feito e realizado para que se possa falar com inteira
propriedade, e, afirmar que, a revolução de abril, valeu a pena.
Em todo caso, não podemos aceitar
que no nosso país existam 25% dos jovens que não conseguem arranjar emprego.
Também não é aceitável, pelo menos para mim, que cerca de 25% dos portugueses
viva num estado de pobreza ou em risco de exclusão social.
Como também não é aceitável que a
corrupção tenha a expressão que tem no nosso país, pois o significado desta
realidade, entre outros aspetos, é a perda de recursos financeiros que são
vitais para que o país tenha um estado social muito presente e mais eficaz do
que aquele que tem atualmente.
Ora, as proclamações de
patriotismo “atiradas para o vento” levaram-nos a três bancarrotas e esta
realidade não deverá ser esquecida por nenhum português. Ser patriota é lutar
todos os dias para que existam melhores condições de vida para todos. E, para
isso, os portugueses terão que repudiar a cunha, o facilitismo, o chico
espertismos, a incompetência e a corrupção. Caso contrário, continuaremos a ter
um país com uma das maiores dívidas públicas do mundo e, em resultado disto,
para além do enorme valor a pagar pelo serviço da dívida, juros e encargos,
estaremos sujeitos a uma nova intervenção externa.
José
Policarpo
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