MOTE
A política no Alandroal
Criou ódios de estimação,
É preciso é dizer mal
Pra levantar suspeição.
Glosas
1ª
Pensei que fosse possível
Trazermos de volta a paz...
Vejo que ninguém foi capaz,
É uma situação inadmissível!
Não me parece impossível
Mudar o clima meio surreal,
Fui avisando não ser normal
Certo tipo de comportamento…
Com muita tristeza lamento
A política no Alandroal.
2ª
Bem depressa germinou
A semente
adormecida, A política no Alandroal
Criou ódios de estimação,
É preciso é dizer mal
Pra levantar suspeição.
Glosas
1ª
Pensei que fosse possível
Trazermos de volta a paz...
Vejo que ninguém foi capaz,
É uma situação inadmissível!
Não me parece impossível
Mudar o clima meio surreal,
Fui avisando não ser normal
Certo tipo de comportamento…
Com muita tristeza lamento
A política no Alandroal.
2ª
Bem depressa germinou
Foi espalhando germicida
E quase tudo contaminou;
Mas houve quem escapou
À má praga ou infestação,
Procedeu-se à desinfecção
Pra por termo à morrinha…
Uma única erva daninha
Criou ódios de estimação!
3ª
Fala-se às vezes por falar
Outras pra não estar calado,
O boato mora aqui ao lado
E não se quer identificar.
Nunca é demais duvidar
De uma conversa informal,
O que ontem era racional
Hoje já não é bem assim…
Será que a dita vai ter fim?…
É preciso é dizer mal!
4ª
Há quem não olhe a meios
Obcecado nos objectivos…
Golpes baixos, assertivos,
Etc e tal… outros bloqueios;
Depois de vários rastreios,
Chegou-se a esta conclusão:
O dizer mal de pé prá mão
É uma incurável doença…
A língua não pede licença
Pra levantar suspeição!
Matias José
Fala-se às vezes por falar
Outras pra não estar calado,
O boato mora aqui ao lado
E não se quer identificar.
Nunca é demais duvidar
De uma conversa informal,
O que ontem era racional
Hoje já não é bem assim…
Será que a dita vai ter fim?…
É preciso é dizer mal!
4ª
Há quem não olhe a meios
Obcecado nos objectivos…
Golpes baixos, assertivos,
Etc e tal… outros bloqueios;
Depois de vários rastreios,
Chegou-se a esta conclusão:
O dizer mal de pé prá mão
É uma incurável doença…
A língua não pede licença
Pra levantar suspeição!
Matias José
Foto
«Política» - Bordalo Pinheiro/ 1923
14 comentários:
Politica e politiquice
A politica no Alandroal
Não tem nada de diferente
É apenas um pequeno mal
De que sofre muita gente
Se fosse só no Alandroal
Estava todo mundo bem
Mas a praga é mundial
E arrasa o país também
Falar bem ou falar mal
É preciso sempre falar
Estamos num país real
Melhor que o de Salazar
Os ódios de estimação
Não fazem bem a ninguém
Cuidado com o coração
Vamos nos dar todos bem
Se o que chamam “dizer mal”
For verdade e não mentira
Até me parece normal
Mesmo que por vezes fira
Os interesses colectivos
Maiores que o individual
Está escrito nos livros
Não deixem pegar o mal
Ó gentes da minha terra
Mesmo de longe vos saúdo
Curai esses males desta era
Para não passar a agudo
Estou fora da minha terrinha
Mas atenta a ler e escrever
Desculpem qualquer coisinha
Mas não penso adormecer
O mundo é pra acompanhar
Não nos podemos esquecer
É preciso sempre estudar
Mesmo depois de crescer
Maria Mira
Muito boas as décimas de Matias José ao estilo Vicente Espinel.
“Ódios de estimação” são os criados entre dois políticos que iniciaram como amigos e passados 3 anos não se podiam ver. Estes sim foram os ódios de estimação que levaram à separação do alandroal em “ se não me dás o teu apoio então apoias o outro” ou então “não estás comigo estás contra mim e aqui não entras”.
Seguida esta ordem de ideias começou no alandroal, em todo o concelho, um conceito inexplicável de trabalho para uns e não para outros, cultura para uns e não para outros, atividades para uns e não para outros, participação para uns e não para outros … comentários cheios de ódios e raivas contidas levaram a uma separação dos habitantes deste concelho que em 8 anos desta governação dotaram este concelho ao mais cruel dos estados: o direito à igualdade (no trabalho), equidade (na justiça) e liberdade (de expressão, de opinião e participação).
Direitos universais que foram todos os dias violados, impeditivos de avanços, recuando a um tempo que já ninguém, com vivência democrática, pensaria voltar a viver. Em regime democrático, aberto, às claras existem protagonistas que chamam a si e em si um poder democrático próprio do 3º mundo ou das democracias decadentes da américa do sul, e legitimados por esse poder deram azos aos seus, exclusivos “ódios de estimação”, aqui neste pequeno mundo esquecido de tudo e de todos.
Os “ódios de estimação” que pareceriam ficar limitados no tempo estenderam-se e continuam (não, não são má língua popular, não são comentários inócuos e / ou (in) diferentes, não são opiniões contrárias, salutares na oposição e fomentadoras de energias e sinergias) apesar dos impedimentos e processos legais, a persistir como poderes de desgaste democrático, de enfraquecimento dos direitos constitucionalmente adquiridos.
“Ódios de estimação” que ameaçam e impedem o bom funcionamento e a legitimidade democrática e encerram em si vontades de destruições pessoais e ambições desmedidas.
E têm seguidores que aproveitando a oportunidade transportam consigo outros pequenos ódios, outros pequenos rancores, e são transmissores de ideias e ideais que, em nome da liberdade, forçam enganos e reforçam “suspeições”.
Subscrevo de todo a avaliação ás décimas de Matias José.
Não me contendo porém a acrescentar ás "divagações" poéticas e muito bem anunciadas pelo Autor, que as mesmas denunciam novamente atitudes de HUMILHAÇÃO e de OFENSA para outros, outrora veiculadas/armadilhadas pelo maldizer...por maldizer pré-preparado MAS AGORA VAZIO.
Mas, a nódoa vai demorar a extinguir.
Como há alguns anos atrás foram conduzidas ... num completo espartilho de convivências e influências sóbrias e ... DE APROVEITAMENTO PARA ALGUNS e NEFASTAS PARA A MAIORIA DO POVO DO CONCELHO.
Basta
Tabelião
Não foram só 8 anos de uma política de baixo nível. A esses 8 somam-se mais 4 quem em nada foram diferentes no que diz respeito a ódios, perseguições e encostar pessoas, tudo em favor de guerras pessoais e ganância de poder. As décimas do poeta Matias José tocam na ferida com muito acerto. Assim todos saibam ler e interpretar nas entre-linhas a mensagem que ele faz passar. Por último, um elogio mais que merecido à sua escrita poética.
Amigo de longa data
Muito bons os comentários ànteriores. Mas atenção que essas tais perseguições, arrogâncias, tiques de autoritarismo, parece que vieram para ficar!!!
Não foi só nos últimos 12 anos, neste momento assistimos a mesmo do mais.
Desigualdade de tratamentos, encostos à prateleira, etc.
O Alandroal necessita urgentemente de uma aragem nova.
Sacaio descontente
Nos 12 anos de poder autárquico, isto é, entre 2001 e 2013 são conhecidas as perseguições políticas a funcionários. Neste momento, se as há desconheço de todo, e por esse motivo peço ao comentador "Sacaio descontente" que faça o favor de ser objectivo, evitando-se assim aquilo que o poeta escreve na sua quarta glosa:
"O dizer mal de pé prá mão
É uma incurável doença...
A língua não pede licença
Pra levantar suspeição!"
Fico a aguardar esclarecimento, com fundamentação.
Obrigado
Nota final- As décimas estão soberbas!!!
Para o comentador anterior, só não coloco aqui o nome das pessoas por respeito às mesmas. Não tenha dúvidas que há funcionários que foram "encostados" por motivos políticos. Se não sabe, procure saber é não venha com essas insinuações das décimas.
Eu quando não sei, informo-me e não invento.
Até parece que o actual regime local que defende uma determinada ideologia política não tem dos piores exemplos de perseguições e coisas bem piores a nível de todo o mundo.
Obrigado e bom feriado
Sacaio descontente
Para o comentador das 19:00 horas que pelos vistos anda muito mal informado ou finge que anda, para além das perseguições e afins ainda há situações mais graves na câmara. Há funcionários 3 ou 4 funcionários que não fazem absolutamente nada durante o dia, não se sabe se por ordem do executivo, mas no mínimo com conhecimento e consentimento deste.
Portanto há para todos os gostos, uns encostados, outros perseguidos, outros dormem, outros bebem, outros, outros, etc, etc.
CDU no seu melhor.
Velha reformada
Esta é boa!
Quer que publiquem os nomes...
Então é que não haviam de faltar sofisticadas represálias.
As pessoas são vítimas, não são parvas.
A vida está complicada e têm que munir-se de muita paciência para aguentar...
Tem que ser.
Pena que o desenho esteja desactualizado, porque quando foi feito a situação ainda era mais sombria e penosa e infelizmente as mulheres desse tempo ainda eram muito descriminadas e não podiam estar na politica, por isso é normal não se ver nenhum rosto de mulher no rol dos que cabem no penico.
Mudaram os tempos e graças a Deus que as mulheres deste País têm pleno lugar na sociedade e podem estar na politica como em tudo o resto.
Mas a triste realidade é que político homem ou mulher é tudo a mesma coisa, não vieram as ditas acrescentar nada de novo à profissão, a integração foi perfeita e assimilaram todas as manhas e vícios, tudo o que a classe tem de ruim.
Pode ser que algum cartoonista mais moderno já as ilustre no lugar a que também estas senhoras tem por direito próprio de estar representadas.
Comentador Político.
Muito sentido as palavras do poeta:
"Fala-se às vezes por falar
Outras pra não estar calado,
O boato mora aqui ao lado
E não se quer identificar."
Ou:
"O dizer mal de pé prá mão
É uma incurável doença…
A língua não pede licença
Pra levantar suspeição!"
Faz todo o sentido, não é?
Rima-se às vezes por rimar
Para tentar esconder
Que não sabe bem-fazer
Quem não sabe trabalhar
Chama boato à verdade
Tentando assim confundir
Já que não pode desmentir
Mostrando assim lealdade
Faz todo o sentindo não faz??????
Parece que as décimas provocaram algum desconforto a "certos" comentadores. É bom quando produzem o efeito pretendido. Assoem-se!!!
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