Quarta, 17 Junho 2015
Escrevo esta crónica,
terça-feira, após ter participado no conselho municipal de segurança que
ocorreu hoje nos paços do concelho da nossa cidade, na qualidade de conselheiro
municipal indicado pela assembleia. Com efeito, saí da reunião com as algumas
preocupações que pretendo partilhar com os ouvintes e leitores da Rádio Diana.
A primeira prende-se com o programa
municipal de emergência do concelho de Évora. Interpelei a este propósito o
senhor Presidente da Câmara Municipal no sentido de saber se o plano de
emergência estava totalmente operacional e se observa a lei. O que me foi dito
que o programa municipal de emergência não só está operacional, como observa
todos os diplomas legais que regulam esta matéria. Porém, o responsável pelo
serviço municipal pela proteção civil referiu que o centro histórico, pela sua
especificidade, exige um plano de emergência especial que preveja as inúmeras
particularidades que um centro histórico, como o da cidade de Évora o revela.
Não sou especialista
na matéria, mas o bom senso dita a exigência de um plano de emergência para o
centro histórico em plena articulação com todas as forças que integram a
proteção civil. O incêndio que ocorrera no centro histórico de Viseu na semana
passada trouxe à saciedade as lacunas e as debilidades aí vividas. Só por um
mero acaso não houve maiores danos patrimoniais, quiçá até perdas de vidas. Por
isso, não quero que a minha cidade esteja vulnerável às incúrias das pessoas e
dos políticos. Porque em relação às vulnerabilidades naturais, ninguém as
poderá remediar. Donde, o sucesso no combate às catástrofes reside na prevenção
e na educação das populações. Do que é que estão à espera?
A outra preocupação
reside no Hospital do Espirito Santo, no quinto piso, onde está sedeado o
serviço de cardiologia. Segundo informação prestada pelo atual presidente da
assembleia municipal de Évora, Dr. Jara, não há aí pontos de fuga, ou seja, as
pessoas e pior os doentes, têm que sair pelas janelas ou ficam encurralados em
caso de incêndio. Estão bem a ver o que seria a dificuldade de retirar não sei
quantas pessoas, de um quinto andar, pelas janelas.
Mas isto não acaba
aqui. Aquando do último simulacro realizado pelos Bombeiros Voluntários de
Évora no hospital, demoram mais de uma hora para tirar a primeira pessoa devido
aos inúmeros carros indevidamente estacionados. Só resta uma pergunta. O que é
que o conselho de administração do Hospital poderá fazer para mitigar esta
inusitada situação?
José Policarpo
1 comentário:
Então o Sr. Policarpo e o seu Clube só agora deram pelo CASO?
Vá lá ver. Há muitos mais.
Porquê só agora?
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