ORELHUDOS do CARAÇAS
i)
Um vasto leque de acontecimentos, de comedorias e de
cantorias começam a estar previstas e em organização para o primeiro sábado de
Junho, no Zé do Alto.
A iniciativa partiu do Al tejo, enquanto a
participação é de todos quantos somos alandroalenses. Um tal repasto em jeito
de saboroso manjar, segundo parece, vai ter o sucesso virtual acrescido do
costume.
Começa por volta da uma da tarde, centra-se numa
«xixarada deveras apetecível» e conta também com a presença de vários nacionais
e estrangeiros convidados (eu levo dois jovens para a Confraria).Todos não
seremos de mais para celebrar o nosso
cante e a maneira de estar à conversa.
Este belo dia, começa um pouco depois do meio-dia,
prolonga-se pela tarde adiante e vai acabar entre o entardecer e o anoitecer.
Há-de meter também preços suaves, muita música, bastante prosa, diversos poetas
e alguns prosadores.
Isto a par de algumas peripécias, variadas aldrabices
e outras inventadas narrativas com a nossa marca, imagem criativa e mística
redentora muito própria. Muito “à Zé Garcia”, o da moagem.
No singular e no plural, é só escolher o modo como
cada um vai querer estar e intervir no evento (o martinho que cante, o dino que
encante, o m. augusto que descante, os demais que desafiem, desafinem e
acompanhem).
Antes disso, e para apimentar a comezaina e a
bebedura, vamos propor aos “xixarocos” um exercício – imaginem – de Palavras
Cruzadas tendo como epicentro o nosso encontro e como motivo principal mais um
reencontro anual.
Passando à prática das ditas Palavras Cruzadas
começamos, desde já, pelas cultivadas e ilustres Horizontais:
1) Leguminosa
parecida com os tremoços; 2) participantes do almoço; 3) companheiras e filhos
dos xixarados; 4) o hino dos tremoços; 5) O Que Diz (…) livro de Dinis Machado;
6) o Raposo, protagonista de “A Relíquia”, de E. de Queirós; 7) Vila alentejana
onde nasceram e viveram Pêro Rodrigues e Diogo Lopes de Sequeira; 8) Cantos dos
Lusíadas onde vêm citados; 9) Região que serve de cenário ao romance “ A Morgadinha
dos Canaviais” de Júlio Dinis, médico (como o AC) ; 10) Ferroada, beliscadura.
Vejamos agora as
Verticais:
1) Denominação
popular dos habitantes da Vila nova de Santiago Maior; 2) Nomes de dois primos
muito chegados e conhecidos em Terena; 3) Apelido de uma poetisa da sede do
Concelho; 4) três nomes de presidentes que já (se) foram alusivos à fauna e
flora local; 5) (…) Alighieri, escritor e politico italiano,
autor da Divina Comédia; 6) Ruído que faz muita gente ao andar; 7) Saias de cá,
património de uma agência da ONU ; 8) Dia do Parque Natural do Alandroal; 9)
Dia Mundial dos Orçamentos Participativos; 10) A última palavra de “Os
Lusíadas” de Luís de Camões. Dez cantos após.
ii)
Terminado este exercício, vamos apenas acrescentar que
o melhor deste nosso “Dia D” é, com certeza, a excelente oportunidade de
estarmos, em conjunto, nesta iniciativa do Al tejo, revivendo e partilhando um
extenso e vivido naco do presente vindo do nosso passado. Mais ou menos
recente.
Com uma última passagem, por volta da meia-noite, pelo
“Oráculo da Tapada das Caraças” onde perante os livros litúrgicos e sagrados
das 3 religiões, se irá proceder à derradeira invocação da protecção das
“cortes municipais e demiurgos locais” para o devir feliz e merecidamente
radioso desta secular e abençoada Vila.
Isto, claro, porque o futuro anda cada vez mais
tremido com tanta incerteza, tanta má profecia e tanta paralisia europeia e
exploração nacional à nossa volta. Cercados que estamos por dentro e por fora.
E, sobretudo, tanta falta de confiança na nossa
própria capacidade, social e política, de inovar e potenciar a resolução dos
mais diversos problemas que, por aqui e em todas as partes deste mundo, se vão
pondo e infernizando a vida das pessoas.
Obs: tempo
optimo de resolução das Palavras Cruzadas: 5 minutos.
Melhores
Saudações
António
Neves Berbem
28/Maio/2015
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