HELDER SALGADO
Em dezassete d e Janeiro de
2015, quado apagava as mil e quatrocentas mensagens, que me tornavam o
computador lento, dei com esta quadra da Ausenda Ribeiro. Fora um comentário ao
“ O MEU BATEL” publicado no Al Tejo em 07-02-2013.
Não li na altura o comentário.
A sua leitura provocou estes
versos que gostaria, como partilha, que fossem presentes à Ausenda.
POEMA PARTILHADO
Nem sempre a vida é
cruel
Um poeta apaixonado
Mesmo em barco de
papel
Pode achar o ser
amado.
Com esta quadra fui dar
Mesmo sem a procurar
Da amiga Ausenda Ribeiro
De dezasseis de Fevereiro
Do ano de 2013
E a distância por vezes
É deveras salutar
Sem querer comecei a rimar
No meu barco de papel
Nem sempre a vida é
cruel.
Em nenhum porto embarquei
No mar que te inventei
Em paraíso sonhado
Sem ter ninguém a meu lado
Sigo triste e já cansado
Numa noite de luar
E sem saber navegar
O meu batel conduzi
Pensando ser para ti
Um poeta apaixonado
Não te vi no horizonte
Do meu olhar uma fonte
Que não seca o esquecimento
Navego a qualquer momento
No mais revoltado mar
Com vento forte a soprar
Nas velas da ilusão
Corre em tua direção
O mais fogoso corcel
Mesmo em barco de
papel
Não sei por onde navego
Perdido já estou do Tejo
E do mundo já esquecido
Ruma o meu barco perdido
A cumprir o triste fado
Do meu cante amargurado
Neste poema cantado
Mesmo com água revolta
Navegando à rédea solta
Pode achar o ser
amado.
Helder Salgado
17-01-2015
E AS SÁTIRAS DO POETA
E AS SÁTIRAS DO POETA
«ASSIM NOS TRATAM DA SAÚDE...»
Nós não somos visitas
Nem tão pouco a ama,
O ataúde é a tua cama...
Morre,
deixa-te de fitas!
POETA
1 comentário:
Amigo Hélder, fizeste um trabalho lindíssimo aproveitando a minha modesta quadra como mote. Parabéns, gostei muito.
Um abraço
Ausenda
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