(Poeta que versejando responde a comentários colocados no blogue)
A propósito de um comentário que estranhava a ausência do Poeta “Versos Diversos”
Reparou na minha ausência,
Pensei que ninguém notava.
Eu a pensar que me safava,
Não me safei... paciência!
As coisas em que eu me meto...
Durante ainda mais uns dias,
Eu estou com outras manias,
Mas eu voltarei, prometo!
Versos Diversos
Pensei que ninguém notava.
Eu a pensar que me safava,
Não me safei... paciência!
As coisas em que eu me meto...
Durante ainda mais uns dias,
Eu estou com outras manias,
Mas eu voltarei, prometo!
Versos Diversos
Maria Antonieta Matos
ÀS VEZES
Às
vezes sou a manhã que aquece o teu rosto!
Às
vezes brinco como uma criança!
Às vezes me vislumbro ao
olhar do sol-posto!
Às vezes sou no teu dedo, a aliança!
Às vezes sou no teu dedo, a aliança!
Às
vezes sou o ritmar das ondas nas marés,
O
campo florido de malmequeres e papoilas,
para ti acenando, ao sabor do vento,
para ti acenando, ao sabor do vento,
O
perfume da rosa rodopiando no pé!
Às
vezes sou o emudecer do momento!
Às
vezes sou a chuva que te canta, quando me deito,
a
pomba branca que te persegue no espaço de ti sequiosa,
a
lua que espreita p´ra te aconchegar!
Às
vezes sou o clamor da liberdade para te amar!
Às
vezes sou o acordar do rio tecendo quimeras!
O
caminho, o desvio de muitas primaveras,
Às
vezes sou o sol do Outono, o colorido da época
do romance belo, de tudo o que me cerca!
do romance belo, de tudo o que me cerca!
Às
vezes sou a estrela que brilha ofegante e que tu não vês !
Às
vezes sou tronco a florir abraçando cada mês !
Às
vezes sou o envelhecer, o livro do saber!
Às
vezes os netos que beijo no mais formoso enternecer!
E
somem as rugas e como a flor sou renascer!
Maria
Antonieta Matos 30-06-2014
Pintura do meu amigo Costa Araújo
Pintura do meu amigo Costa Araújo
SENTIMENTO
Procuro
a sorte p'lo mundo
Parto
com mágoa na alma
Forte
aos olhos de todos
Com
uma aparente calma
Levo
lembranças, saudades
Uma
incerteza sem fim
O
meu pensar na verdade
Passeia
no não e no sim
Choro
por dentro receosa
De
me iludir, sem regresso
Tenho
a garganta ansiosa
Se
vou ou não ter sucesso
O
meu semblante entristece
À
chegada a outro país
Toda
a gente desconhece
Quem
sou e a minha raiz
Não
percebo a linguagem
Me
escondo na minha sombra
Nunca
estive nesta paragem
O
pensamento me assombra
Batendo
de porta em porta
Onde
possa ir trabalhar
Sou
como uma alma morta
Que
ninguém vê, a andar
O
dinheiro já muito escasso
Longo
caminho a percorrer
Vou
caindo no fracasso
Já
não tenho que comer
Ao
ver o pouco que me resta
E
não tendo alternativa
Agarro-me
na mais dura luta
Dia
e noite decidida
Sem
um sequer desabafo
A
dormir no chão d'um quarto
Em
lágrimas assim me desfaço
E
este laço não desato
Meu
país trago no peito
Oiço o mar, aspiro sabores
Oiço o mar, aspiro sabores
Sinto
os afagos, o doce leito
A
luz, o céu e as suas cores
Pouco
apouco instalada
Tomando
o rumo na vida
Conto
os dias magoada
Na saudade desmedida
Na saudade desmedida
Com
as férias sempre na mente
Não
vejo os meses passar
Para
rever a minha gente
Meu
Portugal respirar
04-07-2014
Maria Antonieta Matos
Pintura: Google
Pintura: Google
Sem comentários:
Enviar um comentário