SILÊNCIO
Mudo, sem um sequer pensamento
Nem ruído por companhia
Tombado num sono lento
Sem qualquer arritmia
Há silêncio que dá medo
Quando não há comunicação
Pois mais tarde ou mais cedo
Pode resultar na decepção
Quanta pessoa está caída
No silêncio por opção
Porque a voz não é fluída
E pode causar impressão
Na calada do escuro da noite
Nem vivalma se augura
Por medo não há quem se afoite
Enquanto o silêncio perdura
O silêncio é oração
É música para os ouvidos
É querer estarem comunhão
Com os seus próprios sentidos
Sentir a forma tão terna
Do silêncio de um olhar
Que mudo diz coisas tão belas
Impossível não amar
O silêncio reacende
A busca de conhecimento
A escrita dele depende
Deste precioso momento
Às vezes quero respostas
O silêncio não me ouve
Até me vira as costas
Por não querer que o estorve
27-10-2012 Maria Antonieta Matos
Quando não há comunicação
Pois mais tarde ou mais cedo
Pode resultar na decepção
Quanta pessoa está caída
No silêncio por opção
Porque a voz não é fluída
E pode causar impressão
Na calada do escuro da noite
Nem vivalma se augura
Por medo não há quem se afoite
Enquanto o silêncio perdura
O silêncio é oração
É música para os ouvidos
É querer estar
Com
Sentir a forma tão terna
Do silêncio de um olhar
Que mudo diz coisas tão belas
Impossível não amar
O silêncio reacende
A busca de conhecimento
A escrita dele depende
Deste precioso momento
Às vezes quero respostas
O silêncio não me ouve
Até me vira as costas
Por não querer que o estorve
27-10-2012 Maria Antonieta Matos
ROSTO
DOS TEMPOS
Escondeu-se a paz
em qualquer planeta
Tudo adormeceu
esquecido no tempo
Rasgados os sonhos
no fio da baioneta
No escuro o
maltrato, luta contratempo
Quão diferença faz
a algibeira vazia
O malfadado
destino a ti preordenado
Os farrapos e
indigências que te cria
O mais triste
tempo ensanguentado
Tanta desumanidade
imponderada
Embora tu não
queiras te é arrancada
Vives do vento
como alma penada
Fazem morrer o
contentamento vivo
Parindo as dores
do sofrimento e castigo
Que satanás no
fogo do inferno lavra
05-11-2013 Maria
Antonieta Matos
SOLIDÃO
SOLIDÃO anda sozinha
Sem vivalma andar por perto
Nem sombra se avizinha
Como parecendo um deserto
SOLIDÃO não tem amigo
Vive longe de um olhar
Como se estivesse de castigo
Não se querendo libertar
O silêncio e a SOLIDÃO
Juntos formam um par
Andam sempre de braço dado
No escuro gostam de estar
Ouvindo o barulho do mar
E a ideia tão longínqua
Sente-se o espírito a relaxar
E a SOLIDÃO é profícua
Abstraída do mundo
Mesmo no meio da multidão
SOLIDÃO é sobretudo
Liberdade por opção
Às vezes perde-se da vida
Por ser rebelde e cruel
Na SOLIDÃO fica protegida
Sua amiga mais fiel
Também pode ser agradável
A SOLIDÃO por companhia
Tornando-se aconselhável
Mudar sempre de moradia
Quando se quer inspiração
Para as ideias nascerem
Refugiando-se na SOLIDÃO
Verá as palavras tecerem
Para não sentir SOLIDÃO
Na idade da velhice
Invente do que tem à mão
Viva a vida sem chatice
Se houver mais a dizer
Estou aqui para ouvir
E se quiser contradizer
Não se prive para intervir
30-10-2012 Maria Antonieta Matos
Nem sombra se avizinha
Como parecendo um deserto
SOLIDÃO não tem amigo
Vive longe de um olhar
Como se estivesse de castigo
Não se querendo libertar
O silêncio e a SOLIDÃO
Juntos formam um par
Andam sempre de braço dado
No escuro gostam de estar
Ouvindo o barulho do mar
E a ideia tão longínqua
Sente-se o espírito a relaxar
E a SOLIDÃO é profícua
Abstraída do mundo
Mesmo no meio da multidão
SOLIDÃO é sobretudo
Liberdade por opção
Às vezes perde-se da vida
Por ser rebelde e cruel
Na SOLIDÃO fica protegida
Sua amiga mais fiel
Também pode ser agradável
A SOLIDÃO por companhia
Tornando-se aconselhável
Mudar sempre de moradia
Quando se quer inspiração
Para as ideias nascerem
Refugiando-se na SOLIDÃO
Verá as palavras tecerem
Para não sentir SOLIDÃO
Na idade da velhice
Invente do que tem à mão
Viva a vida sem chatice
Se houver mais a dizer
Estou aqui para ouvir
E se quiser contradizer
Não se prive para intervir
30-10-2012 Maria Antonieta Matos
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