Quarta, 18 Dezembro 2013 13:54
Os actores económicos e sociais nacionais preocupados,
muitas vezes com o imediato, desperdiçaram ao longo dos últimos anos, em várias
áreas e sectores, muito do potencial de investimento associado aos fundos
comunitários.
O balanço de 20 anos de fundos comunitários em Portugal mostra uma
aposta na melhoria das infraestruturas do país, falhas sucessivas nas acções de
formação/qualificação de activos e desempregados, bem como fraca aposta na
inovação no conhecimento e na competitividade.
Ou seja, vinte anos depois, Portugal é um país com mais
infraestruturas, com menos coesão territorial e crescentes desigualdades
sociais numa Europa com dificuldades, múltiplas, de identidade.
Os novos desafios de utilização dos fundos comunitários
devem conduzir a mudanças claras e necessárias: forte aposta numa
formação/educação que produza quadros reconhecidos pelo mercado, aumento dos
investimentos nas regiões mais desfavorecidas, criação de contextos
competitivos, virados para uma economia activa, com fortes repercussões sociais,
associada à criatividade das pessoas e à qualidade de vida das gentes e dos
territórios.
Portugal não pode perder esta oportunidade e deve promover
uma adequada e eficiente utilização dos cerca de 25 mil milhões de euros de
fundos comunitários durante os próximos 7 anos.
Em tempo de profunda crise financeira, têm que ser
accionados mecanismos de rápida absorção das verbas disponíveis, devendo
assumir-se, de uma vez por todas, os novos fundos comunitários como um factor
estratégico para o país.
Conhecidos os eixos prioritários do
Portugal 2020: Competitividade, Capital Humano, Investigação, Desenvolvimento e
Inovação e a Inclusão Social e o Emprego, importa perceber que o Alentejo será
uma das regiões prioritárias na afectação de fundos.
O Programa Operacional do Alentejo 2014/2020 vai
beneficiar de um aumento superior a 40%, comparativamente com as verbas do QREN
2007/2013, sendo o Alqueva responsável por parte significativa desse aumento.
A terminar 2013, estas são boas notícias para a região que
tem agora que ter um tempo e forçosamente um outro olhar para um futuro que
espreita já no virar de página do calendário, assumindo-se um ano de 2014
marcado pela mudança, responsabilidade e, acima de tudo, uma nova esperança.
Continuação de boa semana com votos de um Feliz Natal
Silvino Barata Alhinho
Évora, 18 de Dezembro de 2013
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