sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

PRÓS E CONTRAS

Olá TERENA.

RAIZES. com tronco e copa.

INVERSÃO.O Homem e a Causa.

Vi na Internet, no blog “ alandro al”, um filme sobre a parte histórica da Vila de Terena.
Não resistindo, fiz um comentário crítico, que foi para o ar, em 17-12-2007.
Torno a escrevê-lo.

Raízes Com tronco e copa.
Insistência.
O vídeo sobre o centro Histórico da Vila de Terena, foi mais uma visão a recordar o meu triste contentamento.
Perdoe o senhor Amândio Oliveira, que só conheço pelas filmagens da Net,
o não ter começado por felicitá-lo e lhe agradecer esta excelente montagem fotográfica, de rara beleza e, ao meu amigo e antigo companheiro do Colégio Diogo Lopes Sequeira, Francisco Manuel, por permitir passá-la.
Nela sobressaem as cores tradicionais do Alentejo, branco, azul e amarelo, com predominância desta sobre aquela.
Observa-se as ruínas do antigos Paços do Concelho, quando Terena, era importante praça defensiva da Linha do Guadiana.
O mais que importa salientar, durante o tempo das filmagens é o aparecimento de uma só pessoa, uma mulher sentada e curvada sobre os joelhos, de chapéu na cabeça e vestida com trajos de viúvez.
Interrogo-me, que pensará?
Talvez no filho ausente, se é que o teve. Talvez no dia em que ficará sozinha se é que o não teve ou talvez, ainda, na morte do marido.
ELA é aqui o símbolo da desertificação de Terena, do Concelho, do Alentejo.
ELA é aqui o símbolo da insistência, do protesto, do grito sem eco, que se perde
na falsa surdez, na vista e nos apontamentos dos políticos/governantes.
E será um dia o grito da revolta.
De Terena pode-se ler no antigo Jornal do Exército “ apetece rodear Castelo e rua Direita com um fio protector e levantar letreiro de recomendações”
Numa revista francesa aparece, em publicação, ao lado de Évora, de Monsaraz, de Marvão e de Vila Viçosa, com o título “Alentejo, outro Portugal “.
Várias vezes enaltecida em publicações camarárias, nomeadamente no tão falado
e nada frutífero Plano de Acção para Terena.
Pano de fundo de vários filmes, cujo o último “Peixe Lua” tem cenários de uma deslumbrante beleza.
Em Monsaraz, um director do instituto Vasco Vill’Alva, tem esta frase “ vocês
em Terena, é uma pena”.
E pena dá, tanto ao mais inculto como ao mais letrado, o estado lastimoso em que se encontra o património Histórico/Cultural de Terena.


Entrem políticos, eruditos, senhores de cargos de decisão, responsáveis, governantes, presidentes, entrem, entrem, acomodam-se, discutam, projectem, batam com a mão no peito, façam actos de contrição e ao saírem, não esqueçam,
façam promessas para mais trinta anos.
Uma coisa vos peço, por favor, não me deixem entrar, porque de lá, só me resta
PROTESTAR,
17-12-2007
Helder


Esta minha crítica, que assumo inteiramente, provocou dezoito ou dezanove comentários.

Em 18-12-2007, ás 22H33M , anónimo (pensa que é) escreve.

Ò senhor Helder Salgado, não está o senhor a ser demagogo demais?
Não foi o senhor que após o 25 de Abril, ocupou aqueles edifícios?
Não foi o senhor que descaracterizou a Igreja com uma placa de cimento?
Não foi o senhor durante trinta anos, prometeu recuperar os edifícios e não fez nada que prestasse?
Não foi o senhor que se alvorou em presidente da Santa casa da Misericórdia?
Qual Misericórdia?
Aquilo é uma ruína.
A sua presidência não passa de um empecilho.
Anda armado em presidente de uma instituição que não existe.
Aqueles que afronta a recuperar o edifício e você a colher os loiros.
Desapareça dali e vai ver que presta um bom serviço a comunidade de Terena.


Volta a escrever em 19-12-2007, às 13h02.

Muito bem. Esse senhor Helder pelo que tem feito deveria ser proibido de entrar em Terena. E o dinheiro que pediu para a barragem? È verdade que foi ele que destruiu a igreja de Misericórdia !!! e não só.

Dando-se a conhecer, Major disse, em 19-12-07, ás 22H39.

Por exemplo como é que a presente “Mesa” se constitui como tal? Isto porque a ultima que de facto existiu, deve ter sido lá nos já distantes anos de 1950 ou antes ainda.
Diz muito bem a partir dessa distante data que não existe Mesa. A irmandade, pelas leis naturais da vida, já há muito que se apagaram. Pelo 25 de Abril a Misericórdia de Terena como instituição com órgãos representativos não existia
Então o senhor Hélder Salgado, o senhor José Fialho e o senhor Manuel Joaquim Mira e são essas pessoas, que ao longo de décadas dizem que representam a Misericórdia de Terena. Não sou contra as pessoas, assim elas tivessem apresentado um trabalho útil. No entanto nada digno de registo foi feito. As coberturas do edifício já há muito ruíram e não será certamente esta pretensa “Mesa” constituída adoc, que vai resolver o grave problema deste património que faz parte da freguesia de Terena.
As três décadas desta pretensa Mesa, mostram bem a ineficácia das suas modestas iniciativas. Até agora Zero.
A minha esperança é o Município do Alandroal e daqui parte o meu apelo neste sentido. Resta-me esta esperança.


Com respeito ao resto.....francamente uma desilusão.
Para leitura dos restantes comentários (18 ou19) aconselho, o blog “alandro al”, para quem tem Internet. Para quem não tem, e foi, especialmente, para essas pessoas que fiz este trabalho, posso afirmar, pelo o que de lá alcancei, nada abona o comportamento social e colectivo do senhor Major.

Desafio, logo que conheci o comentário do dia 18-12, estendendo o convite ao anónimo do dia 19, com a seguinte redacção. Aqui desconhecia o comentário do senhor Major.

Olá Terena.

RAIZES
Com tronco e copa.

Desafiando.
Especialmente para si senhor anónimo do dia 18-12-07, as 22h33.
Respondo com este desafio.
1 - arranje um local.
2 - marque dia e hora.
3 - Convide a população de Terena, do Concelho, quem quiser.
4 – Identifique-se conectando-se ao anónimo do Blog.
5 – Comunique-me.
Lá estarei.
Anónimo é sinal de cobardia encapotada de fraqueza, que se aproxima da inutilidade e serve, no obscuro, a subserviência.
Pense e medite.
Helder.


È com todo o prazer, com a paixão que defendi e continuarei a defender os interesses sociais da minha Terra, com a mística que sempre me anima a alma, que convido, com a mesma redacção, o senhor Major, para a discussão pública, tendo como tema o proc. Barragem e Misericórdia.

Na Assembleia Municipal de 22-12-07, pedi a acta de 30-09-2005, última do ano e coincidente com o meu afastamento, tácito e até hoje não explicado, do grupo PS. Após a minha intervenção, o senhor Major, que assistia, pede a palavra para levantar a questão do vídeo sobre Terena, queixando-se do mau tratamento que recebera através da Internet, obrigando-me assim a intervir quando já tinha pronunciado, que estava ali a título pessoal.
No final da assembleia o senhor Presidente da Câmara deu-me a ler o documento, onde consta o arranque das obras, para a fase de contenção, primeira fase do arranjo, delicadamente recusei, pois a Mesa Administrativa da Misericórdia escrevera-lhe em 18-12-2007, pedindo uma audiência, para o efeito e eu não estava mandado pelos restantes membros.
Satisfeito fiquei com a notícia.

Vejamos o que a citada acta, a numero 4, de 2005, da Assembleia Municipal, reza a meu respeito.



“ De seguida o Senhor Presidente da Assembleia Municipal referiu que a salva de palmas de toda a assembleia, significa o apreço como se acolheu o intenso trabalho do deputado Municipal Helder Salgado. Nomeadamente nos períodos antes da ordem do dia e também a dignidade e o nível humano que teve nesta despedida que pediu para fazer. Despedida que é um pouco uma síntese de todas as intervenções que teve ao longo deste quatro anos, intervenções sempre cuidadosamente preparadas, por escrito, procurando ler para ser o mais exacto.
Referiu inclusivamente que o deputado Municipal Helder Salgado é um homem de causas públicas e um dos grandes homens do Lucefecit, em tudo aquilo que tem representado para o Concelho e com toda a sua perseverança e pertinência que ele dá continuidade às coisas e procura lutar por elas. Em nome da mesa desejou que tenha uma plena realização nas suas causas porque é um homem de causas, e certamente irá continuar a lutar por elas.
António Balsante também pediu a palavra para agradecer as palavras do Deputado Municipal Helder Salgado, o qual sempre conseguiu de equilíbrio entre a defesa dos interesses das populações que o elegeram e o da sua tão querida Terena, lutando também pelos interesses de todo o concelho. Mais referiu que em todas as suas intervenções era notória a preparação e a abdicação de muitas horas de vida pessoal e profissional.”


Breve historial dos processos aludidos, Barragem e Misericórdia.

Em, abaixo-assinado de 1.251 assinaturas, (Doc.1) consegue-se a construção da Barragem sobre o Lucefecit.
O entusiasmo, sempre crescente, levou muitas pessoas a oferecer trabalho e dinheiro.
Abre-se conta no Banco Fonsecas & Burnay, de três titulares, bastando duas assinaturas para movimento.
Titulares: Jerónimo Major, José Manuel Tremoceiro, ambos de Terena e Domingos Pardal, do Rosário.
Quando da entrega do dinheiro aos Serviços Hidráulicos, o senhor Major recusa-se a assinar o cheque para levantamento e afasta-se do Grupo.
Um cheque no valor de 76.767$00, com o n. 198.277, é entregue por mim Helder Salgado, José Manuel Tremoceiro e José Joaquim Carnaças. (Doc.2)

Por decisão tomada pelo Grupo, não fiz parte da conta, por não ter domicilio em
Terena, sendo-me posteriormente entregue documentação relativa à conta bancária, que ponho à disposição da população, para uma eventual conferência de valores movimentados.

O processo da Misericórdia foi mais moroso.
A população entusiasmada com o êxito alcançado, começa a movimentar-se no sentido da recuperação do edifício do antigo Hospital Civil da Misericórdia.
Em 1976 surge novo abaixo-assinado. (Doc.3)
O senhor Major discorda, manifestando-se com palavras impróprias ao elevado acto.
Entretanto surge a oficialização dos Hospitais Civis e a Misericórdia vem a ser integrada na do Alandroal. (Doc.4)
Após um intenso trabalho de pesquisa legislativa, a dificuldade é vencida.

A determinada altura, mesmo não perdendo a fé, senti-me só.

Mas eis que surge algo que eu parecia esperar.
O Braulio Garçoa, o Ricardo Pacifico e eu, Helder Salgado, convidámos a população de Terena, para se pronunciar acerca deste processo.(Doc.5)
E assim surgem os corpos sociais da santa Casa da Misericórdia, com posterior acta registada.
Registámos a Instituição, como pessoa colectiva religiosa.
Abrimos conta bancária.
Assinamos um protocolo com o Instituto Vasco Vill’Alva, para recuperação da Biblioteca. (Doc.6)
Registamos o Edifício na conservatória.
Mandamos elaborar um projecto de arquitectura. (Doc.7)
Assinámos um contrato de Comodato com a Câmara Municipal, na pessoa do seu Presidente João Nabais. (Doc.6)
Resguardamos o seu espólio do perigo das derrocadas.

Que mais poderia eu fazer, para entrar pela porta que o vídeo mostra?

E é isto que o senhor Major não quer ver ou não tem capacidade democrática para alcançar esta visão, procurando, com a maledicência que ao longo dos anos lhe é peculiar, INVERTER os acontecimentos, agora e aqui demonstrados, com gravidade acrescida de não aceitar o desafio.

Sou apologista de que em todos os assuntos sérios, haja uma componente memos séria, capaz de aliviar um pouco o peso da responsabilidade.

Deixem-me, por favor apontar uma, com esta pergunta.

QUEM MERECE SER EXPULSO DE TERENA?
Resta-me agradecer a vossa atenção.

Helder Salgado
Terena, 28-12-2007.

13 comentários:

Anónimo disse...

Muito bem amigo Helder

Anónimo disse...

Afinal não és Major. És Menor. Bem me pareceu ao ler tanta prosápia. Um bom 2008 também para os pobres de espírito. Manuel Subtil

Anónimo disse...

Assim sim, as pessoas de Terena precisam de ser esclarecidas acerca destes (e de outros) assuntos, que lhe dizem respeito.É preciso não baixar os braços e continuar a lutar para que este património seja dignamente recuperado.Apenas uma questão, se a Misericórdia de Terena foi anexada à do Alandroal, será que não houve património levado para a sede de concelho e de lá não tenha voltado? Segundo o inventário de Túlio Espanca, e de acordo com testemunhos de pessoas da vila, existiam lá as Bandeiras Processionais,o que terá sido feito delas? Quanto às questões do Sr.Major, francamente, o que interessa à vila é o bem-estar dos seus habitantes e a salvaguarda do seu património monumental e histórico, o resto é conversa que não leva a lado nenhum.

Anónimo disse...

O Major já todos o conhecemos de há muitos anos a esta parte.

Vira o disco e toca o mesmo

Anónimo disse...

Força Helder Salgado.

Abaixo a hipocrisia e falsidade

VIVA A JUSTIÇA E SINCERIDADE

Anónimo disse...

Vira o disco e toca o mesmo para o lado dele. Esse sr.Major é um oportunista que anda só atrás de tachos. Veio para aqui falar contra o sr. Hélder sem razão nenhuma e ainda nunca fez nada por Terena. Meteu a mulher na Junta para regar o jardim e a filha na Câmara, e anda só atrás do Presidente. Este sr. Major é que devia de ser expulso de Terena. Ninguém se dá com ele.

Anónimo disse...

Até mete impressão atrás do presidente. Até corre

Anónimo disse...

Parece um passarinho atras da alpista lololol...hehehehe

Anónimo disse...

Ele até devia ser promovido a relações públicas da câmara, não há acontecimento nem acto do Município,em que não esteja de vídeo na mão para depois pôr na internet.Bem, cada um emprega o seu tempo como quer e ninguém tem nada com isso, mas quanto ao resto, já todos sabemos o que a casa gasta.

Anónimo disse...

Amigo Helder os meus parabens na forma como defendeu sempre a nossa linda terra.

Anónimo disse...

Amigo Helder temos que acabar com os parasitas da sociedade.

Não desista

Anónimo disse...

Eu que nasci e fui baptizado em S. Pedro-Terena, mas como vivo no alandroal, vai para 36 anos, já não "vivo" a bela Terena como vós.
Mas ainda assim, sei que para seu desenvolvimento precisa de todos, incluindo o Sr. Salgado e o Sr. Major .
Eu que fui colega de bancada do sr. Salgado na legislatura a que ele se refere, sei da forma abnegada como defendia a "sua" Terena.
Talvez até demais, em detrimento do resto do Concelho, para um Deputado Municipal.
Quanto ao Sr. Major, não será ele actualmente o maior divulgador da realidade e cultura Terenense?
Pelo menos eu, interessado em saber de tudo quanto se passa no Concelho e na parte que toca a Terena, quando faço busca na net, invariavelmente vou ter ao blog Boanova.Segundo sei editado pelo Sr. Major.
Juntem-se para bem de Terena.

Anónimo disse...

Senhor Alandroalandia,ainda bem que reconhece o trabalho do Senhor
Salgado, como colega dele.
Ja o ouvi falar algumas vezes na assembleia onde diz que foi colega dele e logo na primeira recordo-me que falou nos esgotos da fabrica das tripas e numa outra dos cartazes para anunciarem os monumentos, não misture o trigo com o joio.