O Presépio no local certo
A lareira acessa para todos
Muita lenha para que o calor não faltasse
Fotos: F.Tátá
AO CORRER DO TECLADO
Expectante, espero o Pai Natal!
A importância de encontrar as verdades, ainda que num sentido peregrino e proximidades afectivas, descubro que aqui também houve mudanças, ficando sem saber quem chega primeiro: se o Pai Natal com as suas renas vindos da Lapónia, ou o menino, sem qualquer cegonha a acompanhá-lo, oriundo da Palestina.
Nesta altura do campeonato em que nos encontramos, desculpem lá qualquer coisinha mas, nada tem a ver com o que se passou sexta na Madeira, reconhecendo ainda assim a força dos patriarcas locais, no entanto, estes momentos de festa são dedicadas e dirigidas aos jovens que, não pensando nem acreditando em crises profundas que os adultos teimam em sentir, lhes chamam de andaço, paranóia classicista ou mau feitio e empecilho de ideias.
Com tantas mudanças, a mutação das ideias também acontecem, neste Natal irei pedir coisas e mais coisas, como a generalidade se habituou a pedir… mais e melhor. A filhós, a azevias e os doces caseiros, para além de não terem o sabor apurado e os ingredientes do antigamente, a ASAE se encarrega em varre-los da tradição, sobreponde-se a lei aos gostos e costumes de um povo, sem que se saiba na origem, das farinhas, dos óleos e dos fermentos e outros aditivos químicos de sabor, conservação, cor e cheiro, nos processos de vigia e certificação.
Na altura de pagar, as festas podem ficar ensombradas, sendo comum chocalhar a carteira, dando mais umas voltinhas ao miolo, para ver se cresce e, como que de um impulso decisivo se tratasse, no crer de presentear, dizendo: os mais novos não têm culpa e merecem tudo…, (algo corre mal no reino terrestre), o calcanhar de Aquiles consiste por vezes no desconhecimento do fim a atingir, ou, no investimento a fazer mal calculado.
Não tenho qualquer incentivo, para correr atrás de calculismos comerciais e muito menos, de lhes satisfazer as vontades económicas, o Natal como festa cristã tradicional, não olhando a slogans temporais para que a família se reúna e conviva no mesmo tecto, numa mesa mais farta do que o habitual. Quem se quer bem não escolhe épocas, fortalece os sentimentos de continuidade próprios e, a vontade de partilha harmoniosa.
As prendas devem ser dadas com devoção e amor, com carinho e vontade de servir bem, tendo como missão a satisfação a quem são dirigidas, de boa qualidade para que façam mal aos neurónios e á saúde, devem ir ao encontro das necessidades ou nos pedidos antecipados, devem ter um aumento de preço ajustado sem olhar á inflação, enfim…, para que a democracia seja um bem comum que satisfaça, ao grandes e aos pequenos para que ambos fiquem felizes.
Por mim, não se façam rogados nem se envergonhem, e para que o sentido do Natal não se perca, lembro que tais oferendas apenas se realizam anualmente, daí que devem correr a apressar-se no envio das mesmas para a minha morada, tendo em conta que o Pai Natal só trabalha até á meia-noite de segundo e já é exigir bastante, sendo lícito que as ofertas não serão devolvidas, ainda que passe o dia de Reis - 6 de Janeiro de 2008.
Porque estou á vontade e ciente de que todos meus vizinhos, familiares, amigos, incluindo os desconhecidos que, desejarão o meu bem-estar e, a algumas horas da chegada do menino ao nosso encontro, buscando agasalho e ternura, vendo em nós um bom lugar para nascer, faço saber:
- Encontro-me na morada habitual até ao dia dos Reis, sempre disponível para ser presenteado neste Natal, pedindo que se evitem correrias, aceitando dinheiro vivo e cheques visados, passagens aéreas, jóias ou perfumes badalados e roupas de marca, carros, telemóveis e computadores, por desejar ser professor, não esquecendo outras tantas coisas de valor que eu possa apreciar. Dêem uma apitadela que eu resolvo na hora.
Não esqueçam a melhor qualidade, porque nestas coisas, sou intransigente e tenho vaidade em expressar em público, o nome das pessoas generosas. Para que nem tudo que venha á linha seja peixe, observo que excluo á partida Chinesices, dada a pouca cotação pela qualidade.
Tentem ser objectivos, dessas bandas os Japoneses têm carrinhos que satisfazem, têm os Coreanos que na electrónica dão cartas, não devem ir em conversas de políticos ou dos brasileiros, pois têm patuá suficiente, com hipnotização descarada.
Para os desconhecidos e para todo aquele que não partilhe tais ideias, vai a minha cordialidade por não concordo também com pessoas más, apenas uma questão de feitio ou, circunstâncias da vida os separa, tentem ser correctos para com os outros, amigos e cordatos, tentem pacificar o vosso carácter, com pensamentos positivos e de paz.
Para o meu núcleo de afinidades que, desde os bancos da Escola mantenho felizmente, até ao mais humilde velhinho com necessidades de toda a espécie, eu estarei convosco.
Por último, apresento desculpas a todos aqueles que, ao longo dos anos teimam em aturar-me mas, a forma como estas crónicas, elaboradas ao correr do teclado, com todas as imperfeições e sentidos menos claros, e sem filtro ou revisões, aliada á falta de capacidade da minha parte, para colocar as letrinhas no lugar certo, originando frases com sentido que, cada um gostava de verem realçadas. Sejam bonzinhos e não façam como eu.
Um abraço de amizade
Festas Felizes
JPBR
CRÓNICA DA RÁDIO DIANA/FM
Natal
25-Dec-2007
No momento em que escrevo estas linhas sente-se em casa um ambiente de festa único durante o ano. E por esse motivo é inevitável falar do natal. E se bem que muitos de nós optem por desistir e passem só a ver o que parece defeito do mundo ocidental, sublinhando que é um momento de consumismo, em que quem não tem se sente ainda mais excluído, eu julgo que há algo ainda mais importante a dizer do natal.
O natal é um momento de encontro com a nossa infância e com os que mais amamos. Com a nossa infância porque parece não haver outra forma de sentirmos o “espírito do natal”. Este ano, eu, que julgava ter perdido definitivamente aquele prazer de ver chegar o momento da abertura das prendas, voltei a sentir a ansiedade desse momento mágico. E isto porque o prazer de receber enquanto criança foi ultrapassado pelo prazer de ver o primeiro natal do meu pequeno filho. Mas este dia é também um encontro com os que mais amamos. A nossa família. E parece-me que o contentamento é tanto maior quanto mais numerosa for ela. E, independentemente, daquilo que tenhamos ou daquilo que nos faça falta, hoje parece ser um dia em que todos somos mais sensíveis ao nosso próximo. Desejo sinceramente mais sorte à humanidade e aqueles que contribuem todos os dias para que ela seja melhor. Feliz Natal a todos.
Francisco Costa
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