O ANO DE 2007 PROMETEU MUITO, 2008 SERÁ UTOPIA OU CONSEQUENTE?
Individualmente haverá desejos de 2008 com saúde, para que o futuro lhe sorria com a amplitude máxima, para si e para todos aqueles da sua rodinha de amigos.
Ideia base de felicidade todos auguram. Ainda que uns mais que outros. Isto é, existem aqueles que tudo querem e tudo podem, levam a dianteira: os mais afoitos e descarados para o choradinho, ainda que nada lhes falte, são designados sortudos, na visão acanhada dos mais necessitados, com menor poder e acção reivindicativa, julgando-se eles próprios uns desgraçados e excluídos da sociedade.
Assim, facilmente poderíamos referir uma dúzia de tópicos de ganhos e perdas de classe, acerca da justiça, da igualdade de oportunidades, favorecimentos, conhecimentos, hierarquias, deturpações sub-reptícias e nomeações, que ressaltam em cada esquina, sem a necessidade de binóculos ou da tábua régia, para que conclusões insólitas nos atormentem, onde o abuso, o facilitismo, as influencias da cunha, o esbanjamento de verbas e, outros tantos desvarios estejam presentes.
Boas vontades e promessas não são suficientes. Estou farto de mentiras e mesinhas das contabilidades a gosto. Neste horizonte nublado, acção efectiva precisa-se, sem o apelo a São Tomé e a todos os Santinhos, sem resenhas e sem colocar os agnósticos de lado, o apelo de conjunto é urgente, sem fingimentos, cessem as vaidades reinantes e os abusadores descarados de populismo, sem malandragem encostada á bananeira, vivemos numa sociedade impossível de continuar, tal como está.
Os riscos e os equívocos aqui apontados, distam de 2005 e, parece que a ninguém interessa corrigi-los, os testas da nossa praça, elogiosos da sua testa e envaidecidos com o seu trabalho de gabinete, pela sorna, lá vão tratando dos nossos assuntos, vivem para o circulo deles assessorados por iguais, cozinhando na mesma panelinha, ao ponto de não saberem, ao final do dia, se fez sol ou chuva, não reparando sequer se o seu dia foi produtivo, ou pelo contrário não terá feito o suficiente, nem merecido o que gastaram.
Os tempos de mudança, foram sempre necessários naturalmente e, tal como antes, este processa-se quer se queira quer não, sem a necessidade de empurrões, ou de tiques prosaicos egocêntricos, dando nas vistas as inabilidades e os fretes sem naturalidade, através da comunicação, ainda que disfarçados de coragem, intentos fora de tempo e, que a sociedade já mandou ás malvas.
O que lá vai, lá vai, mas… o que da minha janela alcanço no final de 2007, dá prenúncios de que a coisa começa a ficar preta e sem cheta, com o Zé desempregado e sem subsídio ou pé de meia suficiente, deita as responsabilidades para trás das costa, arma-se em pedinte vadio e pode encostar o pé á parede, fingindo-se maluco.
O clima familiar, não sendo bom desde há muito, onde a dignidade e a compreensão foram arredadas dos cânones, implantando-se no quotidiano como rei sem rock. Isto porque todos ralham na busca da razão, verificando estarem todos condenados a viver nas trevas, com os maus da fita por perto, assobiando para o lado.
Perante o desânimo resignado em que a maioria vive, qualquer exercício marginal nos leva a pedir contas ao Diabo, ainda que outros haja e, não ligam ou, a quem muito se esquece, não sabe mas está porreiro, não sabendo verificar a natureza das coisas e a realidade dos sonhos.
Se não for igual, que seja parecido, com esperanças renovadas, ainda que repetidas com menos sofrimento, com o auxílio das boas vontades disponíveis, dispersas mas existentes, tornando-se o capital imprescindível na resolução de muitos males, cabendo a cada um nós, o condão de saber aplicá-lo.
Sem deslumbramentos, o desejo de bom ano 2008 para todos.
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