segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

AO CORRER DO TECLADO

Haverá muita gente assim? Talvez muitas mais.

Se a culpa não me pertence, … o lógico será encontrar o mau da fita, ou alguém, que quando me sentir apertado, lha possa atribuir, mesmo que por indução, para que a maldade não morra solteira, ou alguém fique com as culpas no cartório, mesmo que transitoriamente, assim definitivamente outros devem ser chamados á pedra, que não eu. Isto é sério, é verdadeiro e, tem consequências imensuráveis mas, infelizmente diárias.

- Este mote sobejamente conhecido, é utilizado e abusado em momentos de dificuldade, onde tudo o que acontece de mau neste pobre quintal, face á possibilidade de desresponsabilização corrente, não tem pai mas… terá filho… do Espírito Santo por detrás da orelha.

- Nas estradas, são os condutores os culpados de tudo e sê-lo-ão, em alguma percentagem, de resto também são eles a pagar os seus prejuízos na totalidade, com uma diferença, alguns morrem e os restantes ficam para pagar tudo o resto, até as incompetências, as multas, os conluios, falta de visão e ordenados chorudos acrescidos de benesses, para o resto da vida.

- Neste momento de euforias mil, em final de ano, sabendo que a consideração quase unânime dos encartados, é a de que conduzem bem, coloca-se assim o problema de não terem pessoalmente estes a consciência afinada ao andarem ás cavalaritas, em capoeiras de chapa com uma rodas, tudo porque em devido tempo não termos sido educados perante o problema real, e já agora que ninguém nos ouve, não haverá por aí muitas coisitas que se escondem e abafam, quando bem entendido, e, se lançam aos quatro ventos para criar confusão ou dar nas vistas?.

- Os guarda-costas, os vigilantes, os homens da noite, a camionagem de longo curso, os profissionais do volante ao serviço de grupos, incluindo os serviços oficiais, políticos e deputados, que dirão a isto tudo? Pelos vistos os exemplos são tristes e deploráveis, ainda que qualquer deles exibam os respectivos cartões para tudo a mais qualquer coisa, como demonstrativo da coerência que bafeja a nossa vida colectiva.

- Chegamos ao ponto de, em nome do exibicionismo ou de uma qualquer paranóia individual, um qualquer maduro sem rei nem rock e, na base de possuir um qualquer pedaço de PVC, se julgar o maior e, com a importância duvidosa que por vezes, nem o seu nicho lhe reconhece qualquer importância.

- Cartão para isto, cartão para aquilo ao ponto de já não lhe ligar cartão, com uma excepção que se conheça, muito embora se saiba ser um acto corrente, para o minorar aventuras, comprar influencias, negligenciar responsabilidades, chegando ao ponto de fugir, desrespeitando a autoridade. Esta de um cartão pagar multas indiscriminadamente, só conheço o MB, contudo tem como premissa colocá-lo, na ranhura certa.

- A primeira vez e a última que, discuti com um Senhor dito Deputado, foi para lhe afirmar que não tinha razão, e que cargos destes, onde as variantes de bondade e utilidade, em muitas ocasiões eu me permitia ficar confuso e que á custa dos custos, teria obrigatoriamente, de os ter á mesa comigo e que em cada colher que levava á boca, teria que os comer, ainda que a função gustativa, fosse deslocada para o cérebro e, que sem qualquer outra questão, lhe garanti não conhecer o deputado em quem voto.

- Tanta coisa mudada mas, neste ponto ainda não vi nada, é caso para perguntar se estará na lista a especificidade e a caracterização dos cartões por classes e serventias, ou estaremos já na presença de uma mudança mitigada, a saber da não necessidade do comerciante ou do industrial que trabalhe por conta própria, perante o fisco e porventura outras como os engenheiros, na autenticação da sua função e qualidade.

- Assim vai a democracia, assim vão os ditames, assim vai a podridão, assim vive o Zé feliz e contente, esperando que alguém se chegue á frente e, dite leis consequentes.

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