Os programas de desporto com comentadores que representam o Benfica, o
Porto e o Sporting são uma aposta dos canais televisivos por cabo há já vários
anos, mas adivinha-se agora uma nova era, depois de a SIC Notícias ter decidido
descontinuar este tipo de conteúdos. A TSF falou com a especialista em media e
televisão Felisbela Lopes e com a psicóloga Ana Bispo Ramires para perceber o
impacto destes programas na sociedade e o que o futuro lhes reserva.
Felisbela Lopes acredita que os programas deste género não devem acabar tão
cedo, até porque são uma "âncora de audiências", mas defende que
estes conteúdos precisam de ser renovados, porque, em muitos casos,
"alguns comentadores foram muito para além daquilo que era
aceitável", o que levou a que "as próprias televisões já não
conseguissem controlar aquilo que foram permitindo ao longo dos últimos
anos".
Por isso, numa altura de crise no setor, Felisbela Lopes assegura que para
ser bem-sucedida "a SIC precisa nesta altura de introduzir pontos
disruptivos, porque estamos a viver um dos momentos mais críticos na
concorrência entre os dois principais canais privados".
A investigadora da Universidade do Minho lembra que este tipo de programa
surgiu nos anos 90 e foi-se desgastando ao longo das ultimas décadas e defende
que os debates sobre futebol em televisão influenciam emoções e comportamentos
dos adeptos: "O futebol já tem formas muito inflamadas de reação. Quando
nós temos nos canais televisivos, os próprios representantes dos clubes a irem
mais além daquilo que seria expectável, com certeza que aquilo tem influência
entre os adeptos, particularmente entre os adeptos que têm reações mais
musculadas."
No mesmo plano, a especialista em Psicologia Desportiva Ana Bispo Ramires
aplaude a decisão da SIC em acabar com os programas desportivos e considera que
este tipo de conteúdo promovem atitudes agressivas e, por isso, "todo e
qualquer programa que promova este tipo de comportamentos, deveria ser
revisitado e repensado".
Ana Bispo Ramires defende que é preciso atuar no momento certo para
controlar a agressividade no futebol, a começar pelas crianças.
"Se nós formos pensar nisto numa lógica do comportamento da
agressividade per si, na realidade ele está instituído nas nossas famílias e na
nossa sociedade muito precocemente e as medidas também elas devem ser precoces.
É um tema que nós temos na nossa sociedade civil, que transborda para o
desporto. O desporto faz-nos o favor de lhes dar palco com maior visibilidade,
porque as pessoas olham para o desporto, porque ela na realidade está à nossa
volta. As medidas devem ser mais precoces, a começar dentro de casa, a passar
para as escolas e depois para os contextos desportivos", remata.
NÃO É PRECISO SER
“ESPECIALISTA EM MÉDIA E TELEVISÃO”, NEM TÃO POUCO “ESPECIALISTA EM PSICOLOGIA
DESPORTIVA” PARA CHEGAR A TAIS CONCLUSÕES.
ATé EU, SIMPLES
AMANTE DO FUTEBOL, Já POR MAIS DE UMA VEZ AQUI ESCREVI QUE ESTA CAMBADA QUE
VIVE Á CUSTA DO FUTEBOL; DEVIA SER CORRIDA O MAIS DEPRESSA POSSÍVEL.
ENTÃO NO
CORREIO DO “LIXO” SÃO SIMPLESMENTE ASQUEROSOS!
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