JOSÉ POLICARPO
Paradoxos da humanidade!
As
destruições de estatuas perpetradas por alegados humanistas, merecem o meu mais
sentido repúdio. Já muitos disseram que é uma asneira pegada olhar com os olhos
do presente, factos ocorridos no passado, de um passado distante, em muitos dos
casos. É uma absoluta anacronia e por muito que queiram não conseguem
reescrever a história. É assim e é imutável.
As estátuas de vultos da nossa
civilização, como são os exemplos, de Colombo, Padre António Vieira e Churchil,
encerram em si um simbolismo e um legado inestimáveis. Diria mesmo sem medida.
Sem pessoas deste jaez e desta grandeza, se calhar ainda estaríamos em estados
que os “criminosos” trasvestidos de humanistas tanto dizem que repudiam. Se
calhar defendem uma nova ordem, mas que esta represente um recuo
civilizacional.
Ora, todos os que defendem o
verdadeiro humanismo e o respeito pelos direitos universais do homem, não devem
quedar-se pelo silêncio. O silêncio, e a história ensina-nos tantas vezes, está
repleta de acontecimentos que surgiram pela distração dos povos. A título
reavivamento das memórias mais distraídas, Stalin e Hitler, há 75 anos estavam
no poder.
Soubemos no último domingo pela
voz do presidente do governo espanhol que, as fronteiras com Portugal estarão
encerradas até ao próximo dia 30 de junho, e, com o espaço shengen, abrirão no
dia 21. Há, portanto, uma diferença de 9 dias, o que poderá significar muitas
coisas. Há uma que é irrefutável: os espanhóis abrirão a sua economia ao
exterior antes do que a portuguesa.
Por isso, gostava de ouvir a
oposição política e os empresários debaterem na praça pública as razões do
atraso. Ou não é importante sabermos as razões que levaram o governo português
a atrasar a abertura das fronteiras? A economia encarregar-se-á de dar a
resposta. Poderá, porém, não ser do nosso agrado.
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