segunda-feira, 25 de maio de 2020

ORIGEM DE DITADOS PORTUGUESES

JURAR A PÉS JUNTOS:
Mãe, eu juro a pés juntos que não fui eu. A expressão surgiu através
das torturas executadas pela Santa Inquisição, nas quais o acusado de
heresias tinha as mãos e os pés amarrados  e era torturado para
dizer nada além da verdade. Até hoje o termo é usado pra expressar a
veracidade de algo que uma pessoa diz.

TIRAR O CAVALO DA CHUVA:
Pode ir tirando o cavalinho da chuva porque não vai sair
hoje!
No século XIX, quando uma visita iria ser breve, deixava o

cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião e se fosse demorar,
colocava o cavalo nos fundos da casa,  num lugar protegido da chuva e
do sol. Contudo, o convidado só poderia pôr o animal protegido da
chuva se o anfitrião percebesse que a visita era boa e dissesse:
"pode tirar o cavalo da chuva".  Depois disso, a expressão passou a
significar a desistência de alguma coisa.

GUARDAR A SETE CHAVES:
No século XIII, os reis de Portugal adoptavam um sistema de guardar as joias e os documentos importantes da corte  num
baú que possuía quatro fechaduras, sendo que cada chave era
distribuída a um alto funcionário do reino. Portanto eram apenas
quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor
místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A
partir daí começou-se a utilizar o termo "guardar a sete chaves" pra
designar algo muito bem guardado...
OK:
A expressão inglesa "OK" (okay), que é mundialmente conhecida para que está tudo bem, teve a sua origem na Guerra da Secessão, nos EUA. Durante a guerra, quando os soldados voltavam para as bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam numa placa "0 killed" (nenhum morto), expressando a sua grande satisfação, daí surgiu o termo "OK".
ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS:
Existe uma história não comprovada, de que após trair Jesus, Judas
enforcou-se numa árvore sem nada nos pés, já que havia posto o
dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os
soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e
do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se acharam as
botas de Judas. A partir daí surgiu à expressão, usada para designar um
lugar distante, desconhecido e inacessível
.

PENSANDO NA MORTE DA BEZERRA:
A história mais aceitável para explicar a origem do termo é
proveniente das tradições hebraicas, onde os bezerros eram
sacrificados para Deus como forma de redenção de pecados. Um filho do
rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada.
Assim, após o animal morrer, ele ficou-se lamentando e pensando na
morte da bezerra
.  Após alguns meses o garoto morreu.

PARA INGLÊS VER:
A expressão surgiu por volta de 1830, quando a Inglaterra exigiu que o
Brasil aprovasse leis que impedissem o tráfico de escravos. No
entanto, todos sabiam que essas leis não seriam cumpridas, assim,
essas leis eram  criadas apenas "pra inglês ver". Daí surgiu o termo.
O PIOR CEGO É O QUE NÃO QUER VER:
Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent
de Paul D`Argent fez o primeiro transplante de córnea  num aldeão de
nome Angel.  Foi um sucesso da medicina da época, menos pra Angel, que
assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via.
Disse que o mundo que ele imaginava era muito melhor. Pediu ao
cirurgião que arrancasse os seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de
Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou pra história como o
cego que não quis ver.
ANDA À TOA:
Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está
à toa é o que não tem leme nem rumo, indo pra onde o navio que o
reboca determinar.
QUEM NÃO TEM CÃO, CAÇA COM GATO:
Na verdade, a expressão, com o passar dos anos, adulterou-se.
Inicialmente  dizia-se quem não tem cão caça como gato, ou seja, se
esgueirando, astutamente, traiçoeiramente, como fazem os gatos.
VAI TOMAR BANHO:
Em "Casa Grande & Senzala", Gilberto Freyre analisa os hábitos de
higiene dos índios versus os do colonizador português. Depois das
Cruzadas, como corolário dos contatos comerciais, o europeu se
contagiou de sífilis e de outras doenças transmissíveis e desenvolveu
medo ao banho e horror à nudez, o que muito agradou à Igreja. Ora, o
índio não conhecia a sífilis  lavava-se da cabeça aos pés nos banhos
de rio, além de usar folhas de árvore pra limpar os bebês e lavar no
rio as redes nas quais dormiam. Ora, o cheiro exalado pelo corpo dos
portugueses, abafado em roupas que não eram trocadas com frequência e
raramente lavadas, aliado à falta de banho, causava repugnância aos
índios. Então os índios, quando estavam fartos de receber ordens dos
portugueses, mandavam que fossem "tomar banho".

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