sexta-feira, 15 de maio de 2020

MONSTROS SINISTROS

São várias as datas apontadas como final da II Guerra Mundial. Certezas há apenas que a mesma durou desde 1939 a 1945.
Assinalando os 75 anos do final da mesma, e, tendo em conta que o mês de maio foi travada a última batalha, com o reconhecimento das tropas alemãs da sua derrota perante as forças aliadas, assinalamos esse facto recordando episódios pouco conhecidos que tiveram lugar nessa  malfadada época.

APÓS  A  QUEDA  DO  REICH:  HÁ  75 ANOS,  GOEBBEL  E  TODA  a  SUA  FAMÍLIA  TIRAVAM  A  PRÓPRIA VIDA

A derrota do Führer fez com que o ministro da Propaganda e a sua esposa assassinassem  as suas próprias crianças
Goebbels ao lado da sua família - Getty Images
Helga, Hilde, Helmut, Holde, Hedda e Heide foram os seis filhos de Joseph e Magda Goebbels, o Ministro da Propaganda de Hitler e sua esposa, também filiada ao partido nazi. Eles eram figuras importantes no governo da Alemanha Nazi, e permaneceram com o Fuhrer  até ao fim das suas vidas.
Alguns pesquisadores chegaram a analisar se os nomes das crianças tinham alguma relação com a inicial de Hitler — todas elas começavam com a letra H. Mas ainda assim não há evidências que apoiem a conveniente teoria. Outros dizem que a nomeação começou antes do alinhamento a Hitler, quando Magda e o seu primeiro marido Günther Quandt nomearam o seu filho Harald.
Ainda que eles não tenham sido intitulados em homenagem a Hitler, as suas vidas terminaram por sua causa. Antes de o Exército Vermelho entrar em Berlim, em abril de 1945, os seus pais tomaram uma dura decisão: ficar no bunker mesmo após a quase determinada derrota dos nazis na Segunda Guerra.
"Por razões de humanidade e lealdade  pessoal", Goebbels disse que teria que permanecer no esconderijo junto de Hitler. Sua esposa concordou imediatamente e os dois alegaram que as crianças apoiariam a decisão se tivessem idade para falar por si mesmas.
As crianças foram assassinadas na noite do dia 1° de maio de 1945. Segundo testemunhos do dentista alemão da SS nazi, Helmut Kunz, foi ele o  responsável por injetar morfina nos seis filhos do casal Goebbels. O procedimento foi feito para que eles pudessem mastigar as ampolas de cianeto com mais facilidade.
O médico pessoal de Hitler Ludwig Stumpfegger estaria envolvido com a manipulação da droga. Mas segundo o autor James P. O'Donnell, autor de O Bunker, foi a mãe quem os matou.
Hans-Otto Meissner que escreveu Magda Goebbels: The First Lady of the Third Reich (Magda Goebbels: a primeira dama do terceiro Reich, em tradução livre), ainda afirma que Magda havia mencionado a possibilidade pelo menos um mês antes de isso acontecer.

A cunhada de Quandt, Eleanore, lembra que Magda disse-lhe que não queria que os seus filhos crescessem ouvindo que seu pai era um dos principais criminosos do século. Magda também recusou inúmeras propostas de outros nazis para tirar as crianças da cidade, como Albert Speer, o Ministro do Armamento do Terceiro Reich.
Joseph e Magda Goebbels seguiram o mesmo caminho dos seus filhos. Depois de os matar, os dois cometeram suicídio no bunker em Berlim. Os detalhes sobre as mortes não estão esclarecidos. Alguns afirmam que eles se envenenaram com cianureto, mas ainda existem versões em que isso aconteceu via arma de fogo.
Os corpos dos seis filhos do casal Goebbels foram encontrados deitados nos beliches, com roupas de dormir e fitas amarradas nos cabelos, quando as tropas soviéticas encontraram o bunker.
ISABELA BARREIROS 


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