HÁ 75 ANOS, O FÜHRER TIRAVA A
PRÓPRIA VIDA NUM BUNKER
Aceitando a derrota da Alemanha
na Segunda Guerra, o ditador ficou escondido num bunker no coração de Berlim
nos seus últimos dias.
Foto
colorizada do ditador alemão Adolf Hitler - Wikimedia Commons
Hitler já estava escondido no bunker antes do Exército Vermelho entrar em Berlim, em 1945. Ele retirou-se para seu Führerbunker em 16 de janeiro de 1945,
ficando próximo ao Portão de Brandenburgo, no coração da capital alemã, com
guardas e algumas pessoas específicas, como os seus imediatos e sua amante Eva
Braun.
Recebeu inúmeras más notícias enquanto estava no seu esconderijo. A aproximação das tropas americanas e soviéticas preocupava os
militares nazis, que já acreditavam que Berlim seria o cenário da batalha
final da Segunda Guerra.
Em 20 de abril, a cidade começou a ser bombardeada
pelos soviéticos. Já no dia seguinte, o Exército Vermelho chegava aos arredores
da cidade, e foi em 22 de abril que Hitler declarou a derrota pela primeira vez.
A partir desse momento, o líder nazi já afirmava que permaneceria no bunker
e cometeria suicídio no mesmo lugar, perguntando ao médico da SS Werner Haase
qual era o método de suicídio mais confiável.
Apenas alguns dias depois, Hitler e Eva Braun
decidiram que iam casar — a união, no entanto, durou apenas algumas horas.
Ainda no dia 29, o Führer recebeu a notícia de que seu colega Benito Mussolini
havia morrido na Itália. O dramático fim do ditador foi entendido como um aviso
pelo nazi, que começou a mobilizar as últimas 24 horas no bunker.
Hitler, Braun e alguns secretários almoçaram. Então, o
casal despediu-se das outras pessoas que ocupavam o local secreto, como
Bormann, Goebbels e a sua família e alguns oficiais militares. Por volta das
14h30, os dois entraram no escritório pessoal do nazi.
Acredita-se que os que estavam presentes tenham
escutado um ou mais tiros pelas 15h30 daquele dia. Além disso, teorias também
afirmam que Braun tomou uma cápsula de cianeto para se matar, e que Hitler deu
um tiro em si mesmo.
Mas ainda existem historiadores que alegam que ele também
tomou um frasco do composto químico para cometer o suicídio e depois atirou com a
sua pistola.
O cheiro de amêndoas queimadas toma o recinto —
anunciando a morte do mais odiado político nazi.
Heinz Linge, criado de
Hitler, e Otto Günsche, oficial do Exército Alemão, entraram no escritório e
afirmaram a morte dos dois. Eles estavam lado a lado no sofá mantido no bunker.
ISABELA BARREIROS
O QUE ACONTECEU COM O CADÁVER
DE HITLER?
Após dar um tiro na sua própria
têmpora direita, o seu corpo percorreu diversos lugares até que lhe fosse
dado um fim definitivo.
Reprodução
Nas primeiras horas da manhã de 29 de abril de
1945, Adolf Hitler casou-se com a sua namorada de longa data, Eva Braun. O matrimônio aconteceu na sala
de mapas do seu bunker subterrâneo em Berlim. O conselheiro municipal Walter
Wagner realizou a cerimônia, já o Ministro da Propaganda Josef Göebbels e o
secretário particular do chanceler, Martin Bormann, atuaram como testemunhas.
Após o evento, Hitler organizou um pequeno almoço de
recepção com a sua nova esposa e, por volta de 4 horas da manhã, levou o
secretário Traudl Junge para outra sala, onde ditou sua última vontade e seu
testamento.
No dia seguinte, quando o Exército Vermelho marchou
para a capital alemã, o general Helmuth Weidling, comandante da Área de Defesa
de Berlim, disse a Hitler que as forças de defesa provavelmente ficariam sem
munição até o final da noite. Após o almoço, Hitler e Braun despediram-se dos outros oficiais nazistas de alto escalão que ocupavam o
Führerbunker. Por volta das 14h30, o casal entrou no escritório e fechou a
porta. Passado uma hora, um tiro foi ouvido.
Imediatamente, Bormann e outros oficiais correram para
o local e lá encontraram os corpos, já sem vida, caídos num pequeno sofá. A
têmpora direita de Hitler estava pingando sangue e a sua pistola estava aos seus
pés. Eva não tinha feridas visíveis, mas o cheiro de amêndoas da sala
evidenciava um sinal de envenenamento por cianeto.
Os corpos foram carregados pela saída de emergência do
bunker. No jardim bombardeado atrás da Chancelaria do Reich, os soldados
evolveram o Führer numa bandeira nazista, banharam os corpos com gasolina e
os incendiaram. Embora os cadáveres não tenham sido completamente destruídos, o
fogo acabou cessando no início da noite. O que sobrou foi jogado numa cratera
rasa e encoberto.
“Tenente-coronel, há pernas aqui”
Na manhã de 2 de maio, Ivan Churakov, um soldado do
Exército Soviético, notou um trecho de solo recentemente virado enquanto ele e
o 79º Corpo de Fuzileiros revistavam a Chancelaria. Ele cavou o lugar
imaginando que poderia descobrir algum tesouro nazi, em vez disso, bateu com a pá num pedaço de osso. “Tenente-coronel, há pernas aqui”.
Foi ordenada uma exumação e os soldados desenterraram
os corpos de dois cães (supostamente o pastor alemão de Hitler e um de seus
filhotes) e os restos gravemente queimados de duas pessoas. Uma autópsia foi
realizada alguns dias depois e o corpo de Hitler foi transferido para um túmulo
fora de Berlim. Esse seria a primeira entre as várias viagens que os restos
fariam.
No inicio de junho daquele ano, os soviéticos
reenterraram o corpo numa floresta local. Oito meses depois eles transferiram-no novamente, desta vez, para a guarnição do Exército Soviético em Magdeburgo. Lá
permaneceu até 1970, quando os soviéticos abandonaram o lugar e o entregou ao
governo civil da Alemanha Oriental.
O fim resumido a cinzas
Sob o controle soviético, os restos mortais de Hitler poderiam ser
mantidos em segredo, e o acesso físico a eles seriamente limitado. Os líderes
soviéticos temiam que, se o corpo fosse deixado na guarnição ou enterrado noutro lugar que não estivesse sob o seu olhar atento, o túmulo se tornaria um
santuário para os neonazistas.
Yuri Andropov, diretor da KGB, decidiu que os restos
mortais deveriam ser destruídos e autorizou uma operação para descartar o
corpo. As únicas coisas mantidas foram fragmentos de um maxilar e o crânio, que
foram armazenados num prédio do governo em Moscovo. Andropov designou Vladimir
Gumenyuk, um oficial da KGB, para liderar uma equipe de três pessoas que se
responsabilizaria para escolher um local secreto para o descanso final dos
restos mortais de Hitler.
A guarnição soviética estava cercada por arranha-céus
construídos na Alemanha, então a equipe de Gumenyuk montou uma barraca sobre o
local onde os ossos foram enterrados para evitar serem vistos. Depois de
algumas escavações sem resultados, a equipe percebeu que tinha contado 45
metros em vez de 45 passos de uma coordenada secreta enquanto seguia as
instruções para o cadáver. Eles colocaram a terra de volta, mudaram a tenda e
começaram de novo.
Disfarçados de pescadores, seguiram em direção as
montanhas, parando num penhasco ao longo de um pequeno riacho. Lá, num
lugar protegido por árvores, eles acenderam duas fogueiras. Numa era
preparada uma sopa, na outra, os restos.
Gumenyuk considerou a segunda cremação como um
desperdício de gasolina, mas os restos foram finalmente reduzidos a cinzas.
Eles recolheram-nos numa mochila, que Vladimir levou para o penhasco e jogou
ao vento. Assim, um dos maiores ditadores da história desapareceu, numa nuvem
de poeira ao vento.
Apesar das grandes quantias de dinheiro que lhe foram
oferecidas para revelar a localização, Vladimir Gumenyuk prometeu levar seu
segredo para o túmulo, com medo de que a floresta pacífica se tornasse um local
de peregrinação. "Vinte segundos - e o trabalho foi feito", revelou
em uma entrevista ao The Sun. "Foi apenas o último voo do Führer."
FABIO PREVIDELLI
3 comentários:
OBS.
Não faço ideia de quem seja o autor deste texto. Mas o que não deve
acontecer é vê-lo faltar "à Verdade histórica".
Por uma questão de precaução, não podemos dizer que Hitler foi o maior
criminoso da História. Outros houve,por exemplo, no século XX com
passivos criminosos tão ou mais pesados,numerosos e custosos.
Mas, há neste texto, uma evidência histórica que convém ter sempre em
mente: os grandes actores ( e criminosos) da História andam sempre
à procura de uma oportunidade... Quando ela surge chegam quase sempre
a tempo de a executar com a violência e mortandade necessárias.
Por um dever histórico, lembramos que o Século XXI ainda
só tem vinte anos. E que as coisas dão a impressão de não estar a
correr tão bem quanto seria, em termos de vida da Humanidade, o
desejável. Basta rodar o Olhar pelo Mundo actual.
Fiquemos por aqui.
S.D.
ANBerbem
Por uma questão de verdade convém esclarecer que o título da postagem é da minha autoria, e que continuo a considerar Hitler como o maior criminoso da história.
O autor do texto, Isabela Barreiros, catalogou-o como «HÁ 75 ANOS O FUHRER TIRAVA A PRÓPRIA VIDA NUM BUNKER».
Se o faltar à verdade histórica se centra na afirmação de considerar Hitler como o maior criminoso da história, ela é da minha responsabilidade
F. Tátá
OBS.
É necessário que seja aqui feito um auto reparo: deu-se maior importância ao título da postagem do que propriamente ao título do artigo histórico sobre o hitlerismo.
Quanto a hierarquia dos criminosos de guerra,é apenas uma escolha. E, em verdade, direi que não sei quais serão as mortandades maiores e mais violentas.
Se foram os milhões de gaseados ou as dezenas de milhões que morreram a custa de grandes fomes provocadas por agentes políticos asiáticos cujos nomes são amplamente conhecidos. Isto sem nunca esquecer, os 65 milhões de Refugiados da actualidade ( causados por políticos ainda pouco conhecidos).
( E como tenho um lastro nominal ascendente judeu, dó-nos tudo regressar a este passado ainda muito recente). Não estando garantido que os genocídios deixem de tornar a acontecer.
Saudações Democráticas
ANBerbem
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