Agir no tempo devido
Têm sido várias as medidas para
apoiar a economia que são apresentadas pelo Governo neste tempo de crise
instalada.
Muitas
das medidas têm tido correções de forma a poderem ter maior abrangência. É
positivo que assim seja.
Contudo
há sectores da economia que estão fora destas medidas, ficando assim
completamente desprotegidos.
Mas
uma coisa é divulgar medidas, outra é conhecer os impactos dessas medidas.
O
vírus não espera, a economia também não.
Agir
em tempo devido é condição para que se reduzam impactos negativos.
Contudo,
os timings da política nem sempre se ajustam aos da economia.
E
o que interessa é minimizar os danos na economia.
Atrasos
no financiamento vão gerar a morte de empresas e, consequentemente, criar mais
desemprego. Mais desemprego provoca mais problemas sociais e uma sociedade mais
desigual. É este ciclo que devemos, pelo menos, atenuar, porque é certo que
muitas empresas irão desaparecer e, por isso, a taxa de desemprego irá aumentar.
As
linhas de crédito estabelecidas poderão resolver problemas imediatos, mas não
deixam de criar problemas de maior endividamento às empresas, pelo que os
tempos que se avizinham vêm cheios de incertezas.
Incertezas
é o que a economia menos gosta.
O
mundo é por vezes injusto. O sector do turismo que foi um dos setores que mais
cresceu nestes últimos anos, e que mais fez crescer o PIB do país, é agora
aquele que mais quebras apresenta, e que será um dos que mais irá sofrer com a
crise provocada pela covid-19.
Portugal
terá de enfrentar mais uma crise, apresentando-se com a terceira maior divida
da Europa e com baixíssimos níveis de poupança. Será com esta conjuntura que a
Europa nos terá de apoiar, porque não haverá outra solução.
Estejamos
todos certos de que esta crise trará mais endividamento às empresas e às
famílias e que o pais ficará mais pobre.
Ainda
assim tenhamos a esperança de que esta crise será superada, porque não há outro
caminho senão resistir.
Fiquem
bem, fiquem em casa
Uma
Santa Páscoa
Até
para a semana
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