JOSÉ POLICARPO
Um Estado ao
serviço dos cidadãos
Infelizmente, nos dias de hoje, não
há realidade que não esteja direta ou indiretamente, ligada à crise sanitária
que caiu em cima de todos nós. De todos não é bem verdade, porque os
hipermercados e os fabricantes de álcool, aqui no sentido próprio, de facto
saíram-lhes a “lotaria”, pois as vendas aumentaram e muito.
Acontece,
porém, que, aqueles que perderam rendimento por causa deste flagelo, precisam
de um governo atuante e verdadeiro. Isto significa que os trabalhadores
independentes, empregados em “lay-off” e todos os que com esta crise perderam o
seu posto de trabalho, precisam de instrumentos financeiros de apoio muito
simplificados.
Na
verdade, a produção legislativa nestes últimos tempos foi intensa; como não se
podia deixar de esperar dada a natureza da presente situação. Porém, a
legislação não é clara no que toca aos apoios sociais. Se há situações da vida
que necessitam de celeridade, são todas aquelas com origem na perda de
rendimento das pessoas, individualmente consideradas, e das famílias.
Não
é bom esquecer, por isso, é bom lembrar-nos, que o estado de emergência
decretado pelo Estado português, conduziu muitas pessoas para situações
financeiras muito difíceis. Em nome da saúde de alguns dos nossos compatriotas,
e, se fosse o meu caso, também, gostaria de ter um ventilador à minha
disposição, muitos ficaram com menos rendimentos e até mesmo caíram na “vala”
do desemprego.
Em
caso algum, devamos escamotear esta realidade, até porque se existisse um serviço
nacional de saúde com outro tipo de respostas, poderíamos não necessitar de
medidas tão restritivas das liberdades individuais. Ou estarei errado? Se
estiver que, me dilucidem, que eu agradecerei generosamente.
Dito
isto, cabe ao Estado português, por maioria de razão, acudir a todos aqueles
que dele necessitam nesta altura de grande indefinição. A decisão de colocar
muitos portugueses em isolamento social foi do Estado em nome da saúde pública.
Por isso, o mesmo Estado não deverá votar ao abandono, seja por ação ou por
omissão, aqueles que se sacrificam todos dias em nome de alguns.
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