RUI MENDES
Teletrabalho
Esta epidemia está a causar grandes
estragos nos sistemas de saúde e nas economias.
As
quebras das economias trarão várias consequências. A mais sentida será a perda
de emprego. Assim, todo o esforço para manter postos de trabalho será de
enaltecer.
Neste
contexto de crise uma das formas adotadas por várias organizações para se
manterem em atividade, de forma a não suspenderem totalmente as suas
atividades, foi recorrerem ao teletrabalho, figura que está consagrada no
Código do Trabalho, pelo que o enquadramento legal desde regime laboral estava
criado.
Contudo,
o nosso mundo laboral, salvo raras exceções, não estava preparado para, num
curtíssimo espaço de tempo, colocar as suas estruturas a funcionar em ambientes
externos.
O
que assistimos foi a tentativas, umas mais conseguidas, outras nem tanto, de
dispor as organizações a funcionar com recurso a teletrabalho, cumprindo
diretivas governamentais, de forma a reduzir riscos de contágios dos
trabalhadores.
Dentro
do conjunto de medidas excecionais que foram adotadas, o teletrabalho terá sido
das que teve maior impacto e adesão, quer porque permitiu a continuidade
laboral de muitos trabalhadores, quer porque permitiu também manter atividades.
Naturalmente
que este regime só é possível aplicar desde que as funções desempenhadas sejam
exequíveis com o regime do teletrabalho. Haverá um conjunto vastíssimo de
funções que não cabem em regime de teletrabalho.
As
crises têm sempre efeitos. E esta, até porque praticamente fez parar a
economia, fará com que as empresas passem a olhar para o teletrabalho de uma
forma totalmente diferente, provavelmente mais aceite pelas entidades
patronais.
Após
ultrapassarmos esta crise, seguramente que as organizações irão ter planos que
lhes permitam manter áreas a funcionar em ambientes externos, recorrendo à
figura do teletrabalho, até porque este regime fará reduzir custos, pelo que
terá de ser visto como oportunidade laboral.
Afinal
o mundo é cada vez mais digital, e o mundo do trabalho terá de saber acompanhar
esta evolução.
Até
para a semana
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