Em tempos
passados, entre dois copos e muita conversa, num daqueles serões que ficam para
a memória, foram-me contadas estas “estórias” que não posso deixar de
compartilhar convosco.
Esta foi o Dino
que me contou:
Um amigo meu,
por sinal da minha idade, no seu tempo de namoro com a Senhora com
quem presentemente está casado, estava namoricando à janela (como era hábito na
altura), numa noite de grande invernia (chovia se Deus a mandava, como por cá
se diz)).
Como a chuva não
parava e as “beiras” lhe caiam em cima, estava encharcado que nem um pinto, o
que motivou a comiseração da futura sogra, sentada à chaminé, usufruindo
conjuntamente com o marido do aconchego de um bom lume de chão.
“Deixa lá entrar o rapaz pelo menos para
se enxugar aqui ao lume”.
“Era o que faltava. Ele que vá mas é
para casa”.
Mas eles já se namoram há tanto tempo!
Coitado está todo molhado. Ainda apanha alguma constipação”.
Tanto pediu que
por fim o futuro sogro lá concordou.
“Venha aqui para dentro e sente-se ai ao
lume, para ver se enxuga a roupa”
E então o meu
amigo, lá foi.
Puxou de um
mocho (uma espécie de banco de pernas curtas, feito das pernadas de oliveira,
ou azinheira) para se sentar.
Fosse do
nervoso (era a primeira vez que tinha ordem de entrar na casa da namorada)
fosse da pouca altura do banco o certo é que quando se dobrou para se sentar não
pode evitar de soltar um pêido.
Corado até há
raiz dos cabelos e sem saber como salvar a situação agarrou no alicate e foi
“mexer” as brasas do lume.
Foi então que o
futuro sogro se sai com esta:
ENTÃO, VAIS ASSÁ-LO?
E esta foi o
Carlos Pirata:
Um moço, num desses
bailes de Aldeia, com a casa sempre cheia, andava bailando com uma moçoila.
Certo é que por
mais voltas que desse não conseguiam acertar o passo. Tudo por culpa da
rapariga que ora se abanicava, ora pulava demais, ora se retraía …enfim
remexia-se muito mas não acompanhava o ritmo da dança.
Intrigado pela
falta de jeito, e porque já a tinha visto bailar, e bem, teve mesmo que
perguntar se algo de mal se estava a passar.
“Sabe, devo ter apanhado por aqui, com tanta
gente, uma pulga que não me larga. Se me dá licença vou ali à casa de banho
para ver se a apanho e me vejo livre dela”.
E foi. E ele
ficou à porta da casa de banho esperando o regresso.
A rapariga
estava era mal da barriga…e mal se apanhou sozinha pregou três valentes
“marmelos”.
Quando
regressou:
“Então apanhou-a’”
“Ná. Não consegui”
“Ora porra deixou-a fugir…mas ainda lhe
atirou três tiros”.
Sem comentários:
Enviar um comentário