JOSÉ POLICARPO
O eleitorado do
centro-direita no Alentejo está órfão!
O retomar das crónicas na DianaFM
coincide com o rescaldo eleitoral das eleições de domingo passado.
Pessoalmente, não gostei nada do resultado nacional, muito menos do resultado
regional e, em especial, o resultado no distrito de Évora.
O
resultado nacional reforçou a votação da esquerda democrática e da esquerda
radical, na percentagem de 60% da representatividade no parlamento. Os partidos
de esquerda como já sabemos, pelos menos alguns nós, são muito generosos com a
despesa publica e grande defensores das receitas elevadas. Esta posição não
seria dramática se vivêssemos num lugar onde as máquinas de fazer dinheiro o
emitissem sem regras. Acontece que esse lugar não existe e os credores querem
sempre receber o dinheiro que emprestam.
Ora,
a inexistência de reformas que visem a eficiência dos serviços públicos e a
diminuição da despesa pública, se e quando formos afetados por uma qualquer
crise económica lá teremos que pedir, novamente, a ajuda externa e os credores
internacionais, por uma vez mais, virão explicar-nos como se fazem as coisas
com pragmatismo e com realidade. É o nosso fado.
Relativamente,
à falta de representatividade do centro direita no Alentejo em resultado da
perda de mandatos em Évora, Beja e Portalegre, não é só uma questão partidária,
é, sobretudo, uma questão politica, económica e social. O interior precisa de
vozes que clamem bem alto as necessidades aqui vividas. A dramática falta de
pessoas é geradora de falta de massa critica e, esta gera, fatalmente, falta de
oportunidades em todas as áreas, mormente, na económica. A esquerda não fará
qualquer reforma e o centro-direita está fora de jogo. Precisam-se, por isso,
novos atores no centro-direita.
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