Nos dias silenciosos…
Os olhos abrem portas ao pensamento,
Vivem a utopia duma amargura e
solidão,
Um desencanto, uma sombra, um
espectro cinzento,
E as lágrimas acontecem em dia de
negação.
Os dias silenciosos….
São dias de guerra comigo,
De recusa e castigo,
De reflexão e de grito,
De engasgo aflito,
De medo nesse vazio, sem sentido,
Uma vontade, sem vontade,
Uma ansiedade louca que m’
invade,
Um fosso escuro, temido.
São dias…
Mas há tantos dias…
Cheios de esperança
que a emoção se levanta
que a luz do olhar s’ encanta
que o coração se entrega
que e amor irradia
E que um triste momento
Na mente morria
Nos dias silenciosos…
Miro meu espelho íntimo,
Que me enche de imagens,
Que vagueia por inúmeras
estradas,
Que me mostra o sorriso,
O afeto sincero e preciso,
O toque que m’ anima,
E surge uma aurora rasgada,
A fala ternurenta e bizarra,
A força que move montanhas,
Sem desistir de tudo, por nada.
Nos dias silenciosos…
Louvo o céu, a lua e as estrelas
E canto à terra… adormeço os
mares
Dou ao vento um lindo ar
Ponho no sol todo o seu brilhar
E sinto as flores a desabrochar
Nos dias silenciosos…
Vislumbra alegre a eterna
liberdade
Em consonância toda humanidade
Os rancores, postos de parte
Num lindo jogo de arte
Ladeia a franca amizade
O universo um arco-íris
Não há dor não há gemido
Há uma completa união
E um planeta protegido.
Maria Antonieta Matos 08-09-2019
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