(Terminamos hoje a publicação deste tema)
Ciganos - Segundo alguns documentos, os ciganos estão radicados
em Portugal há cerca de 500 anos, tendo vindo do Nordeste da Índia. Um
movimento migratório feito através de longas caminhadas e que levou alguns
grupos a ficar pelos países que estavam nas suas rotas de passagem. Esses
movimentos originaram a apropriação de culturas e línguas diferentes, mas com
raízes comuns.
O primeiro grupo que chegou a Portugal em meados do
século XV terá causado alguma estranheza, devido ao facto de ser um povo com
uma língua estranha e que se vestia de forma exótica, com hábitos e culturas
diferentes. Factores que tanto atraíam o interesse da sociedade, como também
afastavam. Tal como acontece, de um modo em geral, nos dias de hoje.
Franceses - Em 1199 D. Sancho I doa a Herdade da Açafa à Ordem do
Templo, este território era delimitado, de modo muito sumário a norte pelo Rio
Tejo e a sul detinha parte do território dos actuais concelhos de Nisa, Castelo
de Vide e parte do território espanhol junto à actual fronteira. Estas doações
tinham como objectivo fixar moradores em zonas ermas e despovoadas e
consequentemente defender o território. Os Templários edificaram uma fortaleza
que os defendesse dos infiéis e sinalizava a posse desses territórios.
Ao mesmo tempo o monarca anuncia a vinda de colonos franceses, que chegaram de forma faseada, sendo o último grupo
destinado ao povoamento do território da Açafa. Instalaram-se junto das
fortalezas construídas pelos monges guerreiros e aí ergueram habitações,
fundaram aglomerados populacionais a que deram o nome das suas terras de
origem. É neste sentido que surge possivelmente o de Nisa, ou seja sendo os
primeiros habitantes oriundos de Nice, ergueram aqui a sua “ Nova Nice” ou
melhor dizendo, a Nisa a Nova, que encontramos nos documentos, e quando surge o
termo Nisa a Velha, este refere-se à sua antiga terra de origem, a Nice
francesa.
Cónios - Os cónios (Francês, Occitano, Piemontês Coni,
italiano Cuneo, Latim Conii) eram os habitantes das actuais regiões do Algarve
e Baixo Alentejo, no sul de Portugal, em data anterior ao séc. VIII a.C., até
serem integrados na Província Romana da Lusitânia. Inicialmente foram aliados
dos Romanos quando estes últimos pretendiam dominar a Península Ibérica.
A origem étnica dos cónios permanece uma incógnita.
Para os defensores das teorias linguísticas actualmente aceites; a origem comum
na Anatólia ou no Cáucaso das línguas europeias e indianas: ou seja, línguas
indo-europeias, os cónios teriam uma origem celta, proto-celta, ou pré-céltica
ibérica. Estas teorias, relativamente recentes, foram facilmente aceites,
principalmente, por aqueles que registavam qualquer ligação dos europeus a
África. Antes da teoria da origem caucasiana, muitos europeus julgavam-se
descendentes de Jafé, conforme escrito na Bíblia, no livro de Génesis 10:5.
Cronistas da antiguidade grego-romana, enumeram mais de 40 tribos ibéricas,
entre elas a tribo cónia, como sendo descendentes de Jafé, pai dos europeus.
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