Este bebedouro, localizado no
Terreiro do Paço, junto à “Janela de Lisboa”, foi construído no ano de 1772,
por ordem do Rei D. José, não somente para uso público, mas principalmente para
nele beberem as manadas de cavalos da Coudelaria de Alter, quando vinham pastar
nas coutadas da Casa de Bragança.
Estava situado no extremo meridional
do Terreiro, junto do muro do Jardim do Bosque, por debaixo da “Casa de
Lisboa”. Era abastecido por nascentes provenientes da “Ilha”, tendo sido
bastante utilizado durante o período em que as unidades de Cavalaria do
Exército Português (Regimento de Cavalaria 3 e Escola Prática de Cavalaria)
estiveram no Mosteiro de Santo Agostinho (atual Seminário Menor da Arquidiocese
de Évora), ao longo do século XIX.
Foi seu construtor o pedreiro
calipolense José Mendes Brochado, um dos mais engenhosos mestres de cantaria da
região, no século XVIII. A sua longa taça alteada, de mármore lavrado, tinha
capacidade para 50 cavalos.
Na esquina deste local existiu até
1881 uma guarita da guarda pessoal do Paço Ducal, que se demoliu nesse ano por
ser considerada desnecessária.
No decurso das grandes obras de
urbanização e requalificação do Terreiro do Paço, nos anos de 1939/40 (que
também se aplicaram no Castelo e no centro histórico de Vila Viçosa, promovidas
pelo Ministério das Obras Públicas), o CHAFARIZ DEL-REI foi demolido. Restaram apenas as três gárgulas
situadas no alçado, que ainda subsistem, desenhadas em octógonos seccionados.
BIBLIOGRAFIA
ESPANCA, Túlio Inventário Artístico
de Portugal – Distrito de Évora, Zona Sul, vol. I, Academia Nacional de Belas
Artes, Lisboa, 1978.
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