JOSÉ POLICARPO
Por gratidão, ao passado e ao
futuro
Mais uma vez venho aqui tratar de um tema recorrente, pois estou
convencido se não for convenientemente cuidado poderemos estar a contrariar
aquilo que nos deixaram em legado e em tão boas condições. Refiro-me,
evidentemente, à imagem da nossa cidade.
Sem saudosismos
bacocos até porque vivi fora de Évora mais de vinte anos, porém sempre ouvi os
meus familiares paternos a defenderem acerrimamente a sua cidade no que tocava
a limpeza e à conservação do edificado. Sobretudo o do centro histórico.
A cidade de Évora
até há uns anos e, não muitos, era considerada uma das cidades mais asseadas do
país. Não posso e não quero ignorar que a cidade tem tido um grande impulso dos
visitantes por força da atribuição do qualitativo de património da humanidade.
Milhares de turistas, estrangeiros e nacionais, vistam a nossa cidade ao longo
do ano e se consomem, naturalmente, também sujam muito mais.
Ora, a
preservação da imagem da nossa cidade não passa só pela higienização, e,
diga-se em abono da verdade, tem muito a desejar. Passa, sobretudo, pela
preservação e conservação da rede viária e pela sinalética. Nem uma, nem outra,
estão devidamente asseguradas pela Câmara Municipal.
As avenidas de
acesso à cidade estão num estado lastimoso, sobretudo, a que vem de lisboa via
avenida Túlio Espanca. É inadmissível o (mau) estado em que se encontra o troço
entre o Évorahotel e a rotunda do Raimundo. O alcatrão está cheio de buracos e
a necessitar de uma intervenção urgente. Não só por questões de segurança
rodoviária, também está em causa a imagem da cidade. Quem nos vem visitar e
depara-se com aquele cenário, não deixará de pensar que seremos cidadãos pouco
exigentes.
Relativamente à
deficiente sinalética existente em Évora, esta torna-se premente no centro
histórico e são inúmeros os turistas que andam ai perdidos. Por isso, os
principais monumentos da cidade deveriam estar sinalizados e indicados nas ruas
e travessas que compõem o centro histórico. Não sei porque é que ainda não o
fizeram. Não deverá ser por razões financeiras, porque a medida, tanto quanto
julgo saber, não compreenderá uma despesa por aí além.
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