quarta-feira, 5 de junho de 2019

CRONICA DE OPINIÃO TRANSMITIDA HOJE NA RÁDIO DIANA/FM

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JOSÉ POLICARPO
                                            Por gratidão, ao passado e ao futuro
Mais uma vez venho aqui tratar de um tema recorrente, pois estou convencido se não for convenientemente cuidado poderemos estar a contrariar aquilo que nos deixaram em legado e em tão boas condições. Refiro-me, evidentemente, à imagem da nossa cidade.
Sem saudosismos bacocos até porque vivi fora de Évora mais de vinte anos, porém sempre ouvi os meus familiares paternos a defenderem acerrimamente a sua cidade no que tocava a limpeza e à conservação do edificado. Sobretudo o do centro histórico.
A cidade de Évora até há uns anos e, não muitos, era considerada uma das cidades mais asseadas do país. Não posso e não quero ignorar que a cidade tem tido um grande impulso dos visitantes por força da atribuição do qualitativo de património da humanidade. Milhares de turistas, estrangeiros e nacionais, vistam a nossa cidade ao longo do ano e se consomem, naturalmente, também sujam muito mais.
Ora, a preservação da imagem da nossa cidade não passa só pela higienização, e, diga-se em abono da verdade, tem muito a desejar. Passa, sobretudo, pela preservação e conservação da rede viária e pela sinalética. Nem uma, nem outra, estão devidamente asseguradas pela Câmara Municipal.
As avenidas de acesso à cidade estão num estado lastimoso, sobretudo, a que vem de lisboa via avenida Túlio Espanca. É inadmissível o (mau) estado em que se encontra o troço entre o Évorahotel e a rotunda do Raimundo. O alcatrão está cheio de buracos e a necessitar de uma intervenção urgente. Não só por questões de segurança rodoviária, também está em causa a imagem da cidade. Quem nos vem visitar e depara-se com aquele cenário, não deixará de pensar que seremos cidadãos pouco exigentes.
Relativamente à deficiente sinalética existente em Évora, esta torna-se premente no centro histórico e são inúmeros os turistas que andam ai perdidos. Por isso, os principais monumentos da cidade deveriam estar sinalizados e indicados nas ruas e travessas que compõem o centro histórico. Não sei porque é que ainda não o fizeram. Não deverá ser por razões financeiras, porque a medida, tanto quanto julgo saber, não compreenderá uma despesa por aí além.




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