segunda-feira, 1 de abril de 2019

DUQUES & CENAS - Prof. J.L.N.


O Facebook,  cada vez com mais cotas a exercitarem o seu português, para alegria de uns e desespero de outros, ainda é um autentico lavadouro público, onde não falta roupa seja esfregada na cara dos vizinhos. A par disso, é um espelho enorme onde todos fazem, com raras excepções, o culto dos seus bens pessoais, dos seus amigos e inimigos, dos seus atributos físicos ou intelectuais, das temperaturas baixas no Inverno e altas no Verão. Uma seca. Uma seca estupida.
João luís Nabo
In Montemorense Março 2019 – Transcrição autorizada pelo Autor

FACEBOOK – Sim ando pelo Facebook para escrever o que me parece que devo, para provocar discussões, para dar recados, para abraçar amigos e para despachar os que pensam que o são mas não o são. Mas isso sou eu, que não tenho qualquer responsabilidade política na minha cidade e no meu concelho. Porque se eu tivesse responsabilidade política na minha cidade e no meu concelho, não utilizava o facebook para defender posições que, decerto, deveriam ser defendidas em sede própria, nem para divulgar questões de teor pessoal sobre a família e os amigos, provocando tantas vezes, momentos de constrangimento a quem lê, muito menos para questionar adversários políticos sem que eles possam reagir num ambiente franco e transparente, como se pretende que sejam os ambientes de troca de idéias, ou até para acusar e defender a esmo pessoas e ideologias, sem medir as consequências politics de tais desabafos. Se eu tivesse essas responsabilidades politicas, não usaria esse jornalinho pessoal, para espalhar intrigas, escarafunchar questiúnculas, reabri feridas, espalhar desamores como se eu fosse um cidadão comum iguais aos demais, sem responsabilidades políticas na minha cidade e no meu concelho.
Se há uma questão que alguns políticos da nossa cidade ainda não entenderam, após tantos anos de democracia e de governação livre, é a necessidade de uma atitude de estado. E parece-me que, com os exemplos dados todos os dias pelo actual Presidente da Republica, não é tão cedo que o vão entender.
À vontade não é à vontadinha e mais vale cair em graça do que ser engraçado, já me dizia o meu velho e saudoso pai, sempre atento e amigo.
João Luís Nabo
In “Cloreto de Sódio” primeira edição 2019

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