quarta-feira, 6 de março de 2019

CRONICA DE OPINIÃO TRANSMITIDA HOJE NA DIANA/FM


                                                                                                   JOSÉ POLICARPO
                                     O circo está instalado
Este fim semana foi marcado pelas declarações iradas e contundentes dos líderes do partido comunista português e do bloco de esquerda, a propósito da possibilidade do Estado injetar mais de mil milhões de euros no novo banco.
Quem tivesse chegado ao nosso país e não conhecesse nada do que aqui se tem passado nos últimos três anos e meio, concluiria sem margem para quaisquer dúvidas que, tanto o partido comunista, como o bloco, seriam os ferozes opositores do atual governo do partido socialista.
Na verdade, estes partidos permitem que o partido socialista seja governo por via do seu apoio parlamentar e, sempre se associaram, com ruído parlamentar e mediático às bandeiras mais populares do governo. Disso temos os exemplos da reposição dos rendimentos dos funcionários públicos e dos pensionistas, como, também, as reversões das privatizações levadas a cabo em matéria de transportes pelo governo anterior.
Nos aspetos mais populares da governação, os méritos eram sobretudo deles, quanto às medidas mais impopulares, como os aumentos dos impostos indiretos, combustíveis, IUC e outros, isso não era nada com eles, nada lhes dizia e diz respeito. Se isto não fosse um drama para os portugueses que precisam do automóvel para trabalhar e/ou para se fazerm transportar, até seria uma comédia.
Contudo, estes dois partidos votaram, favoravelmente, quatro, repito quatro orçamentos de Estado, por isso, a governação do partido socialista só existe porque comunistas e bloquistas através dos seus grupos parlamentares a apoiam. E, os resultados positivos e negativos, na minha opinião mais negativos do que positivos, da atual governação estão umbilicalmente ligados a estas duas forças partidárias.
Ora, Jerónimo de Sousa e Catarina Martins estão convencidos que, para não terem uma derrocada eleitoral nas próximas eleições legislativas, têm que demarcar-se da governação socialista nas medidas menos populares do governo do PS. Por isso, não dispensarão de utilizar tudo para saírem com os alegados louros da governação, mesmo que isso soe a incoerência e a ridículo. Portanto o circo político está em andamento.



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