quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

COLABORAÇÃO DO A.N.B.


                                    APONTAMENTOS dos TELHEIROS (3)
A)     Os Sons do Vento
Os sons do vento (e do lançamento da próxima ferrovia até Elvas) levam-nos ao território e à estratégica “Fortaleza de Juromenha”, onde anda, mais uma vez, a verificar-se um certo desinteresse e vazio cultural devido à falta de atenção e iniciativas consistentes da Autarquia.
Tudo leva a crer que há-de passar mais este mandato autárquico e descontados os fogachos habituais da “ retórica de campanário” nada ou bastante pouco, vai acontecer, tanto mais que a próxima campanha eleitoral ainda terá de esperar um tempo contado (e depois logo se verá).
O património e capital histórico, militar, arquitectónico e turístico esse contínua em Juromenha. Lá onde parece continuar a faltar tudo o resto para perceber que Juromenha é uma “espécie de Joia da Coroa” que já esperou tempo demais para ser parte integrante da sua própria valorização e do Concelho do Alandroal. Faltará portanto arregaçar as mangas!
Vejamos, então, no Al tejo, mais este exemplo de «Incapacidade e não Acompanhamento Autárquico» para quem anda a fazer acontecer projectos inovadores.
É assim: desde 2016 que existe uma candidatura conjunta das Fortalezas, de Valença, Almeida, Marvão e Elvas elevadas a Património Mundial da UNESCO. Um dos objectivos é incluí-las numa rota turística da RAIA que tem mais de 60 fortalezas abaluartadas. Trata-se, como é evidente, de uma candidatura Intermunicipal que visa também a criação de “Centros Interpretativos” sobre os acontecimentos históricos que envolveram a sua criação e o seu continuado valor histórico e monumental ao longo dos tempos.
Dirigida a todos, este projecto em execução, tem ainda como uma das suas vertentes principais, a Formação Turística de Agentes Locais aptos a criar/sustentar postos de trabalho.
  A questão é pois esta: o Alandroal anda assim tão distraído e tão ineficaz que não sabe ou ainda não deu conta desta iniciativa? Funciona isolado? Não sabe o que se passa? Não pretende participar? O Presidente e a Vereação têm ou não informação e participação sobre o lançamento deste “Destino Turístico de Excelência”? Nós e as gentes raianas criámos ou não relações fortes (e hoje pacificas) que se mantêm e projectam no futuro?  
 Pergunto mesmo, se esta dita questão não seria de abordar/incluir num primeiro ORÇAMENTO PARTICIPATIVO que, por cá, se atrasa e teima em não ser posto em prática e ao serviço das populações?
Os autarcas em exercício, terão assim tanto receio de que estas Iniciativas escapem aos cenários do seu poder centralizador que persistem em usar ou até em usá-lo de forma pouco capaz e democrática?
A)     Inovam Rotas que servem as Pessoas
 Reparem também que grande parte dos Concelhos do país, vão tendo em execução, os seus Planos de REQUALIFICAÇÃO URBANA. Será o caso do Alandroal? É visível isso?
Não é, mas convinha ter em atenção que já é um exercício corrente em parte dos Concelhos do País e que, para além da necessária INICIATIVA camarária, requer fundamentalmente Isenções do IMI, do IMT e IVA e reduções nas taxas de vistoria das obras. Além dos apoios normais em materiais de construção e no financiamento com condições especiais (em sede de IFRRU 2020).
  Em síntese,
como e quem decide de uma vez por todas posicionar «a Qualificação Ambiental e Paisagística» do Concelho como prioridade estratégica? Já se pensou ou sequer se anteviu, por exemplo, um Plano de APOIO á Recuperação (estética) das Fachadas e das Cores originais das 3 Vilas?  
Quem anda, ou devia andar a apoiar incentivando publicamente processos de Regeneração Urbana nas suas várias dimensões? Haveria isenção de taxas relacionadas com procedimentos meramente administrativos?
Quando e como, ou com quem vai, a CMA, assumir-se em conjunto com a sociedade local como agente dinamizador de um Processo renovador de Urbanismo Local que já peca por tardio?
Vistas as coisas assim, fica-se sem saber se o Presidente e os Vereadores são capazes e estão verdadeiramente interessados em dinamizar aquilo que podia e devia ser dinâmico. Ou se, pelo contrário, entendem que o desenvolvimento/crescimento do Concelho se faz andando, ano após ano apenas em carros novos. Mostrando depois e apenas o argumento das esperadas dificuldades económicas habituais?
Precisamente porque têm uma cómoda visão estratégica embora não faltem a si próprios com o que vão percebendo que melhor os serve e os foi servindo.       
 Como é evidente, não é preciso partidarizar estas coisas ou estes factos até porque o Muda tem mais a ver consigo mesmo… e com os seus interesses domésticos. Basta, isso sim, que os Munícipes se mantenham atentos não apenas ao que devia estar a ser feito. Como também para denunciar aquilo que ainda não foi, nem neste mandato provavelmente será feito. O caminho terá que ser bastante diferente! Vamos a tempo?
  ( PS: Os Decálogos Interpretativos serão retomados ‘´sine die``)
  Saudações Democráticas
     António Neves Berbem
               ( 13 de Fevereiro de 2019)


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