Autoridade e dignidade
Vem
isto a propósito da alegada falta de autoridade do Estado e, nalguns casos,
mais do que menos, também a falta de dignidade. Os romanos há mais de dois
milénios falavam na auctoritas et gravitas, para se referirem às qualidades
para que se pudesse exercer o poder público de forma competente e insuspeita.
O Estado, esta entidade abstrata,
que muitos verbalizam o nome, mas penso que poucos saberão o que significa. É
constituído por um povo, por um território, e pelo poder politico. E foi
constituído, se quiserem desenhado para dar resposta ao que individualmente ou
em grupos pequenos, as pessoas não o conseguiam fazer.
Na verdade, ninguém está ver uma
pessoa ou mesmo grupos de pessoas a organizarem a sua defesa através de um
exército. Desde logo com que dinheiro pagariam as despesas com salários e
armamentos respetivos. Não é necessário ser muito esperto para que se conclua
que é uma impossibilidade. Por isso, o Estado foi a melhor resposta que os
povos num determinado território encontraram para enfrentar as adversidades
colocadas pelos demais povos.
Passaram alguns séculos sobre a
criação dos Estados e o que percecionamos atualmente é que os líderes, no caso,
os europeus na sua maioria não preenchem os requisitos da autoridade e da
dignidade. Querem exemplos? Os que conduziram o Reino Unido ao brexit. O
desentendimento entre o Chede Estado francês e os líderes que compõem a solução
de governativa italiana. E, os exemplos, não ficam por estes dois.
No caso português não afirmo,
pergunto: O caso de Tancos, os incêndios de Pedrogão e de Mação, o
desmoronamento da estrada municipal de Borba, e, por último, para não invocar
mais, o tratamento que se tem dado à greve dos enfermeiros, em todos houve autoridade
e dignidade demonstradas pelos representantes do Estado? É que se não houve a
responsabilidade é do povo, só do povo.
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