Neste sentido há sempre espaço para aqueles que, devidamente identificados, queiram
expressar os sentimentos, pontos de vista, ou ideais políticos e que em linguagem não ofensiva pretendam
apresentar e dar a conhecer os seus raciocínios.
Prova disso são as Cronicas de Opinião da R. Diana, aqui postadas
diariamente, em que é transcrita uma cronica elaborada por um simpatizante dos
vários partidos políticos do espectro nacional.
Na rubrica «Apontamentos
dos Telheiros”, da autoria do nosso colaborador António Berbem, pretende o
mesmo apresentar uma súmula biográfica de várias personagens relevantes da vida
política portuguesa.
Tais textos são da
inteira responsabilidade do Autor, e a transcrição dos mesmos no Al Tejo, não
significam que o administrador e responsável pela sua colocação se vincule a
afirmações e insinuações contidas nos referidos excertos.
F. Tátá
“Apontamentos dos Telheiros”
Tribos e Têtas dos GIROFLÉS,
GIROFLÁS
A)
Apresento-vos
hoje UM DECALOGO interpretativo de Figurantes políticos.
As 4
figuras em foco, no Al tejo, a seu tempo, contam-se ser as seguintes: -- MR de
Sousa, A.C., J.S., J.G (local)
Vejamos, para já, MR de Sousa
1)
É um herdeiro
renascentista e florentino, à portuguesa, do príncipe Maquiavel. Nasceu
lisboeta como podia ter nascido italiano (a gente não escolhe o sítio onde
nasce). Sabe muito mas usa pouco Kant.
2)
Prefere sempre
uma boa conversa a uma possível guerra ou a um mau acordo. Usa da perfídia (por
vezes entretida e infantil) tanto nas suas vitórias como nos desaires. Percebe
muito de Comunicação Social.
3)
Não é,
obviamente, confiável embora seja intelectualmente superior. Sabemos (e até dei
em tempos por isso) que tem uma memória de elefante. Apoiou Montenegro e
perdeu. Sem, é claro, se comprometer…
4)
Com afectos (e
Selfies, parece que até já bateu o seu próprio record) à esquerda e à direita,
faz a magia de ir enganando quem quer e onde quer que seja. Juntemos-lhe o seu
humor teatral. Ajuda-o!
5)
Enganou os tropas
(quando era ainda um jovem pré mancebo…) e esqueceu-se de cumprir o serviço
militar obrigatório. Ainda hoje isso se nota visto que não sabe marchar de
peito e queixo erguidos. Faz um esforço do caraças.
5a)
Jamais leu os livros que levava em palettes para a Televisão. Não
acreditem nisso.
B)
6) Em matéria de relações
internacionais, é um Internacionalista e até à data já foi direito a todos os
presidentes importantes deste nosso pequeno mundo. O aperto de mão que deu a D.
Trump foi um grande momento. Quase, quase a lembrar os esticões dos Afonso(s)
de Albuquerque(s). Na lapela diplomática
dele é assim mesmo. Falta-lhe contudo ir à Índia e dar um salto até Malaca.
7) Gosta da política espectáculo. Cá dentro
e lá fora. Como é evidente treina e vai mostrando as suas tatuagens literárias.
Gosta de nadar (nós também gostamos). E não havia de haver nenhum português que
se desobrigasse de gostar.
8) Foi director do Expresso (um jornal
bastante perigoso) sem deixar de ser um jornalista um pouco menos do que vulgar
e conspirativo sem grande folego.
9) Perdeu as Eleições no Alandroal (para
um Professor sério), em Aviz e Barrancos. Aqui não há-de tornar a ganhá-las
porque a minha terra tem gente séria e capaz de escolher sem emprenhar.
10) Vai recandidatar-se à P. da
Republica. Esperemos que perca. O PSD já escolheu outro e chama-se PPC. Eis o
seu maior sarilho. Porque honra lhe seja: gosta do que faz e de manter-se
jovial e entretido mesmo quando brinca com coisas sérias. Aqui rendo-me
recordando o grande discurso “torguiano” da sua tomada de posse. Quero esquecer
o telélé prá cristina da malveira…
Em
síntese: é um Actor total. Desvotarei nele como votante socialista bastante
desconfiado deste primo afastado e burguês do Carlos e do João da Ega.
Circulando entre a Lapa e Alvalade onde morava o seu prestimoso padrinho, M.C.
protector do pai Baltazar.
O seu espírito político, é porém o de “um optimista
imaginativo” acompanhado de laivos nacionais bastante mitificados, dando sinais
para irmos respirando os ares despoluídos dos jardins em Belém. Sem novos
grandes incêndios que reacendam e destruam o Interior despovoado do país.
Ou seja, é um mal cronico que vem sendo denunciado
desde a Segunda Dinastia naquela famosa «Carta do Infante D. Pedro», o melhor e
mais esclarecido irmão do Infante Henrique (embora vencido em Alfarrobeira). Já
nessa altura, reparem, avisava e reclamava contra os excessos “de gente na
Corte, de impostos e imposturas.”
O desatino tem sido tal que até Vasco Santana numa
cena famosa do “Pátio das Cantigas” o caricaturou pedindo «Lume em vez de pedir
Luz» a um solitário candeeiro de iluminação pública.
Dissemos.
Saudações Democráticas
António Neves Berbem
(
21/Janeiro/2019)
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