JOSÉ POLICARPO
POMPA E CIRCUNSTÂNCIA
Sexta-feira passada tivemos um anormal condicionamento do tráfego
na nossa cidade, provocado pelo fluxo ministerial. O primeiro ministro de
Portugal e o seu séquito deslocaram-se a Évora para anunciar com pompa e
circunstância a construção do novo Hospital Central de Évora. Uma boa noticia
para Évora e para o Alentejo.
Na
verdade, é uma reivindicação de há muito feita pelos eborenses, e,
nomeadamente, pelos profissionais de saúde que trabalharam e trabalham no
hospital do espírito santo. Este hospital está, como todos sabemos e
conhecemos, separado por uma avenida que também serve o trânsito dos veículos
pesados de mercadorias que utilizam o IP2 no sentido norte/sul e no inverso,
também. Por si só seria uma situação que há muito tempo devia ter sido
resolvida e este governo que tomou posse há mais de três anos só agora é que a
elenca como prioritária.
Há
outros motivos segundo os técnicos de saúde que suscitam a necessidade de um
novo hospital, como, por exemplo, a atual incapacidade de fornecer outros
cuidados de saúde e a antiguidade da construção da parte que está afeta ao
espírito santo. Eu próprio que não sou velho, aí nasci na década de sessenta.
Ora,
o hospital central do Alentejo sairá de um local onde nunca devia ter estado,
separado por uma avenida com muito trânsito e nalguns casos de mercadorias
perigosas, é de facto uma boa notícia. Porém, só está prevista a sua
inauguração no ano de 2023, daqui a pelo menos quatro anos. Será que a pompa e
a circunstância do anúncio eram necessárias?
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