sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

CRONICA DE OPINIÃO TRANSMITIDA HOJE PELA DIANA/FM


                                                                                                                RUI MENDES
                                             UM PAÍS ADIADO
Aproxima-se 2019 e o país está em abrandamento. Tudo se adia. Nada se projecta.
Portugal é hoje um país em permanente stress. Em que todos os dias temos um ou mais sectores em protesto.
Hoje os ferroviários estão, uma vez mais, em greve, o que quer dizer que será um dia de caos. Diz o Governo que tem disponibilidade para negociar. Mas essa disponibilidade, já se sabe, é só nas palavras.
Os portugueses que são constantemente convidados a utilizarem os transportes públicos irão apreciar, mais uma vez, a falta qualidade do que lhes é oferecido. O transporte ferroviário está num estado deplorável.
 Na educação os professores mantêm-se firmes na intenção de lhes ser contado na íntegra o tempo de serviço. É justo. Apenas o Governo não percebe a justiça do que está em causa. A táctica é ir adiando o mais que possa. Não nos esqueçamos que é precisamente este Governo que não se cansa de apregoar sobre o termo do congelamento das carreiras. Tanta promessa e tanta falta de compromisso.
 Na saúde a situação é cada vez mais grave. Os enfermeiros não desarmam. Os técnicos de diagnóstico e terapêutica insistem nas suas pretensões. As respostas tardam.
A forma como o anterior ministro e a actual ministra gerem o problema está a criar o caos nos serviços. Se o anterior ministro nada resolveu, a actual ministra vai pelo mesmo caminho.
A táctica de mudança de ministro não resultou.
 Na justiça as contestações de juízes, dos oficiais de justiça e guardas prisionais põem a descoberto o quão dramático é a situação na justiça.
 Na administração interna aparecem agora os bombeiros. E em força. Pela parte do Governo nada.
A greve dos estivadores que causa gravíssimos prejuízos, aparenta não ter fim.
E com tudo isto, parece que não se percebe a gravidade do momento que se vive. Os ministros limitam-se a dizer que os ministérios têm disponibilidade para negociar. Mas nada se passa. Resolver os problemas é o que menos interessa.
Tudo isto acontece porque este Governo veio com o discurso irreflectido, que tinha virado não sei quantas páginas, que tudo iria resolver. Parecia que o país tinha ultrapassado a fase da crise. Iludiu. E porque enganou hoje tem todos a cobrar-lhe.
Já todos percebemos que o Governo está sem margem.
Este Governo está sem gás. Sem respostas. Sem um caminho.
E é neste estado que terminamos o 2018.
 Até para a semana



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