RUI MENDES
DIA MUNDIAL DA POUPANÇA
O dia mundial da poupança celebra-se anualmente a 31 de Outubro. É
um dia que nos deve levar a reflectir sobre uma matéria que é fundamental para
a estabilidade das famílias, e para travar alguns problemas sociais que existem
pelo excesso de endividamento das famílias.
Os portugueses não serão os que
terão melhor comportamento relativamente a gerar poupanças.
Talvez não o tenham porque, em
regra, os seus rendimentos serem baixos, o que não permitirá acumular
poupanças.
Talvez não o tenham por sentirem que
o recurso ao crédito é algo que está democratizado e tem acesso fácil.
Talvez não o tenham porque a
conjuntura actual, de baixos juros, favorece o consumo.
Talvez não o tenham porque os
produtos financeiros não promovem a poupança, por apresentarem rentabilidades
baixas.
Não fosse a “tempestade” que assolou
Portugal em 2011, e que nos levou a enormes sacrifícios, aos quais ainda hoje
estamos sujeitos, o problema da poupança e do sobre-endividamento das famílias
não teria hoje uma especial atenção.
Mas o que assistimos em 2018 é a um
aumento da concessão do crédito, estando em máximos desde 2010, facto que que
já devia ter criado os necessários alertas. Desde logo porque também se regista
aumento do número de famílias sobre-endividadas.
Recordemos que o excesso de
endividamento foi uma das causas que levou o país a pedir apoio externo em
2011.
Pelo que se espera que se tenha
aprendido alguma coisa …
O discurso facilitista e de “virar
de página” do Governo leva a que as pessoas retomem antigos comportamentos.
O Dia Mundial da Poupança deve, pelo
menos, ensinar-nos que se não temos condições de poupar, também não devemos
acumular divida, porque os créditos tem um custo, e esse custo é sempre muito
superior ao esforço de poupar.
Até para a semana
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