JOSÉ POLICARPO
DE QUE ESPERAM?
O assunto que tratarei na minha crónica de hoje é recorrente, por
isso, peço as minhas desculpas aos ouvintes e aos leitores mais assíduos pela
minha insistência. O assunto é a gestão, ou, a falta dela, do trânsito e da
mobilidade dos peões nossa cidade.
Na
terça-feira desta semana uma senhora que atravessou uma das passadeiras da
Avenida D. Manuel Trindade, nomeadamente, a que está junto da rotunda que
confina com rampa do seminário, dirigiu-se a mim que, também, ia iniciar a
minha travessia pela mesma passadeira, com um ar muito assustado, porque não
era a primeira vez, que, no mesmo local, ia sendo atropelada por um condutor
menos avisado.
Na
verdade, conduz-se em Portugal de forma muito pouco avisada, diria mesmo, pouco
civilizada. As estatísticas não o desmentem. Porém, não é razão só por si para
justificar os inúmeros acidentes e atropelamentos que ocorrem nas estradas
portuguesas e a cidade de Évora não será exceção.
A
cidade de Évora será das capitais de distrito que eu conheço, e, conheço quase
todas, com pior sinalização de trânsito. Seja ela vertical, seja ela
horizontal. As delimitações das passadeiras em muitos casos são praticamente,
inexistentes, sendo a sinalização vertical muito deficiente, sobretudo, nas
horas de maior trânsito e à noite.
Ora,
a câmara municipal tem o dever de dar uma resposta articulada e eficaz a esta
situação, porque o que está em causa é a segurança das pessoas, sobretudo das
crianças, dos mais idosos e dos cidadão de mobilidade reduzida. Para isso,
deverão ser criadas passadeiras com iluminação, viseis a distâncias de
segurança e, ser também, restringido a velocidade dos veículos, com o recurso
aos semáforos sensíveis à velocidade. De que é que estão à espera?

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