"São erros de execução que têm que ser
corrigidos", assim se refere o Município de Alandroal para justificar
novas intervenções que estão em curso na envolvente à Igreja de São Sebastião,
nesta localidade alentejana.
Os
arranjos exteriores iniciaram-se em Setembro do ano passado e visou a
realização de um arranjo paisagístico com recolocação de pavimento, assim como
a remodelação das infra-estruturas de águas, esgotos e águas pluviais.
A
obra, orçada em cerca de 370 mil euros e financiada a 85% através do Alentejo
2020 no âmbito da Regeneração Urbana, tinha um prazo de execução de 120 dias,
pelo que devia estar concluída em Janeiro deste ano.
Segundo
a Autarquia, "após assinatura do contrato a execução da obra foi entregue,
na totalidade, a um subempreiteiro e a fiscalização da mesma foi entregue pelo
anterior executivo (contrato com data de 25 de Setembro de 2017), com um custo
muito elevado, a uma empresa externa quando o município dispunha de técnicos
com qualificação e experiência para tal".
Explica
ainda que "quando o novo executivo tomou posse já se encontrava aprovado e
pago o primeiro auto de medição de trabalhos e só nessa altura é que os
técnicos da autarquia começaram a tomar contacto com a execução da obra e começaram
a ser identificados alguns erros de execução resultantes da falta de respeito
pelos projectos técnicos, assim como de uma fiscalização deficiente. Alguns
ainda foram corrigidos em tempo útil, mas o avançar da obra veio a revelar que
eram tantos e de gravidade tão extrema que só uma posição forte por parte do
executivo poderia colocar um ponto final neste processo. Afastado o
subempreiteiro e a equipa de fiscalização externa o município exigiu que o
empreiteiro que ganhou a obra viesse reparar todos os erros sem que isso se
traduzisse em um cêntimo sequer a mais a pagar. E é o que está a acontecer
neste momento".
O
presidente da Câmara Municipal de Alandroal, João Grilo, mostra-se solidário
com os munícipes afectados mas afirma que não havia alternativa: “compreendo o
cansaço e descrédito dos moradores e dos comerciantes locais por verem as suas
ruas novamente esburacadas e as obras que pareciam quase prontas a voltarem
quase ao ponto de partida, mas não há outra opção. Fechar os olhos aos
gravíssimos atropelos à execução prevista só se iria traduzir em graves
consequências para os munícipes e para a câmara num prazo muito curto e ao
longo de muitos anos. E isso não podemos tolerar. Havia problemas escondidos
debaixo de terra, mas bastava olhar para o que estava à superfície para
perceber que não podia ficar assim".
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