Na Adega dos Ramalhos, no Alandroal, a tradição ainda
é o que era
Junto da Igreja de S. Sebastião, no Alandroal, este restaurante familiar
serve receitas e produtos regionais. A opinião do crítico gastronómico da VISÃO
Se7e, Manuel Gonçalves da Silva
Filipe
Pombo
Foi
num prédio antigo, outrora adega e celeiro, no centro do Alandroal, junto da
Igreja de S. Sebastião, que a família Ramalho instalou o seu restaurante, ao
qual emprestou o nome. Tem esplanada fechada, que funciona todo o ano, e três
salas acolhedoras. O receituário e os produtos utilizados são regionais.A
ementa subdivide-se em cinco capítulos. Nas entradas há pão alentejano, queijo
de ovelha (do Alandroal), presunto, chouriço de porco preto, pimentos assados e
outros petiscos. Sopas, no Alentejo, são iguarias de peso, como o cozido de
grão na abóbora, com carne de porco de montado, farinheiras branca e preta,
morcela, linguiça e, ainda, grão, abóbora, batata, feijão-verde, mais as ervas
aromáticas que o perfumam; a sopa de tomate (que também leva bacalhau e ovo
escalfado ou carne frita, enchidos e ovo); a sopa de cação, que recende a
coentros; ou a caldeta de barbo, marcada pelos poejos. O peixe fica
representado pelo bacalhau da casa. Já a carne, pode tentar-nos com o ensopado
de borrego, o cabrito no forno com batatas (ao fim de semana, por encomenda),
e, na grelha, o cachaço, o lagarto e os lombinhos com batatas fritas, salada,
esparregado ou migas a acompanhar. Boa doçaria, em especial a sericaia, a tarte
de amêndoa, com gila e canela, e o pão de rala. Garrafeira alentejana, como o
vinho da casa, de produção local e servido a copo. Serviço eficiente e
simpático.
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