JOSÉ POLICARPO
SERÁ ADMISSÍVEL?
Como esta é a última crónica a ir para o ar antes da época
estival, farei aqui um balanço da situação do município de Évora, tanto quanto
me é possível fazê-lo neste espaço.
Na
verdade, os problemas do município de Évora são muitos e têm muitas causas.
Neste espaço debruçar-me das causas não seria sério porque elas são muitas e de
diversas razões.
Muito
sumariamente diria que, são ideológicas, sociológicas e financeiras. Estou
certo que, enquanto estas não forem supridas e ultrapassadas, viveremos num
concelho pouco dinâmico e ainda menos competitivo. O mundo globalizado está
para ficar e durará com tudo o de bom e de mau que isto possa representar.
Contudo
há aspetos da vida de um município que é elementar bom senso cuidar e
preservar. A limpeza, a reparação das calçadas e dos passeios. A demarcação das
passadeiras e das estradas municipais e a sua reparação. A manutenção da das
condutas de água que servem as casas de todos os eborenses e daqueles que aqui
decidiram viver. Estes aspetos são os elementares, o básico a que uma câmara
municipal está obrigada a realizar.
Não
obstante as dificuldades financeiras do município de Évora, será dos vinte
cinco mais endividados do país, o certo é que os aspetos que há bocado referi
não podem deixarem de serem atendidos em primeira linha. Não é curial e muito
menos admissível que, o centro histórico, às 8H00 da manhã, não tenha todos os
caixotes do lixo despejados, as ruas e as travessas limpas. Não é. Como também
não admissível que as calçadas do centro histórico apresentem buracos durante
semanas a fio. Não é. Como não é admissível que as passadeiras não estejam
demarcadas e pintadas. Não é. Como não é admissível que haja cortes frequentes
no fornecimento de água às casas das pessoas que cá residem.
Dito
isto, não deverá ser aceitável, nem muito menos desculpável que um qualquer
município não satisfaça as necessidades mais elementares da vida de uma
comunidade. O lixo, a reparação das ruas e passeios, a delimitação e pintura
das passadeiras e o fornecimento de água às casas dos munícipes assegurado de
forma regular e ininterrupta, é o mínimo a que uma câmara municipal estará
obrigada a realizar. Estarei eu errado? Talvez….
Boas
férias!
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