António Carvalho tem dificuldade em nomear os tesouros do
Museu Nacional de Arqueologia, porque são muitos, dentro das centenas de
milhares de peças que o museu alberga, mas realça alguns: “O núcleo do
Endovélico, cujo templo se localizava no atual concelho do Alandroal, assume um
papel de grande relevo no museu”.
5 comentários:
OBS.
Componentes históricas em mármore do Pártenon foram desviadas para
Londres, no século XIX, estando agora o governo inglês aberto à sua
devolução à Grécia como é um imperativo civilizacional que venha e vai
acontecer.
Serve este exemplo, para tornar a defender que "os Documentos do Templo
Emdovélico", aqui mostrados e pertencentes ao Concelho do Alandroal, é
por aqui que deviam estar em museu e condições adequadas.
Isto se o Município tiver capacidade para o fazer. Sendo certo que não
é um exercício fácil, vale por isso mesmo a pena recomeçá-lo.Com a
convicção de que a "valorização historica e monumental" compensaria
todos os esforços que tiverem de ser feitos.
Os Alandroalenses têm esse sonho!
Saudações
ANBerbem
Comentário ao Comentário
Caro L.Lobato de Faria
Lisboa é centralista. Sempre o foi. Mas há que forçar-lhe a mão porque
o Alem tejo representa mais de um terço de Portugal. Concordo que no
breve comentário que fiz, não realcei suficientemente a Vila de Terena.
Aqui fica,portanto, a minha concordância com o que transmitiu. O mais
importante é que, em matéria histórica e religiosa milenar, "o núcleo
do Endovélico" faz mais falta ao Concelho ao qual pertence do que ao
Museu de Arqueologia por mais centralizador que este possa ser.
Trata-se, mais uma vez, de consciencializar a Autarquia e os Autarcas
para a criação de um Projecto Cultural para o qual devem estar
inovadoramente preparados. Bastava,aliás, ter já visto e revisto,
digamos assim,aquele fabuloso núcleo Endovelico.
Isto a não ser que,de mandato em mandato, andem a iludir-nos com uma
mão cheia de areia e a outra cheia de nada. Ou de coisa nenhuma.Apenas
dando notícias da aprovação de umas pequenas bagatelas com um
interesse menor e meramente burocrático.
Adiantaria que, o caso da Fortaleza de Juromenha, é mais um sinal
penoso de quem corre atrás de uma das suas Torres quando a
vê cair... E o resto? E o que falta? E o que sobra quando é que irá
ser tratado a sério e com outro empenho?
Mais: se alguém é levado a pensar que é somente uma questão de
meios de investimento,desenganem-se porque não é politicamente
verdadeiro. O ambiente no país,hoje, é já outro. Chamemos-lhe,por
agora, aberto e pluridisciplinar.
Saudações
ANBerbem
Caro ANBerbem, não tem comparação o caso entre a Inglaterra e a Grécia que mencionou e este caso das peças do Endovélico.
Neste caso é um museu nacional, como tal de todos os portugueses, onde se tratam, guardam e expõem peças de todo o país. Se pensássemos assim para todas as colecções tínhamos mesmo que repensar a utilidade dos museus nacionais, se cada terra quisesse as suas peças não haveriam museus nacionais de nada.
Um museu no Alandroal com a colecção de Endovélico (que não é a única do Alandroal que lá está) significava que uma quantidade enormemente inferior de gente a visse e o tal museu só se justificava se houvesse uma estrutura muito bem montada, que implicava muito boa gestão, boa e muita divulgação, muitas actividades, etc.
Não é nada fácil desviar o turismo que procura este tipo de coisas das cidades grandes, ou médias, (como Évora, Mérida, Lisboa, Coimbra, Chaves, etc).
Não se tenha a ilusão que um museu com as peças de Endovélico só por si melhorava muito a condição do concelho.
E a questão de que o que é nosso deve vir para cá também não é lá muito válida, visto que o que já cá temos não é bem tratado.
Caro comentador das 14.42
Agradeço o seu comentário.
Mas faz-me uma certa impressão ver o centralismo de Lisboa novamente
defendido quando Lisboa já tem o Museu Nacional de Arte Antiga e
Outros(para só citar este caso) que a tornam, de per si, um grande centro
cultural. Que já pretendeu ser Imperial e agora anda a desenvolver
novamente o tema com a criação de um Museu das Descobertas alusivas ao
nosso Império Marítimo, centrado no poder marítimo e na nossa expansão:
pluricontinental e plurioceânico.
Diria pois,que não são os grandes polos culturais que têm de andar a
servir comodamente o turismo e os turistas. O turismo é, pela sua
propria natureza, uma actividade humana com grande mobilidade pelo que
se desloca para onde for necessário para ver o que pretende ver. É assim
que se descentraliza culturalmente um país.E se, valorizaria o Concelho.
Citei o exemplo de Londres versus Atenas. Mas se for,por exemplo, até
Italia vai verificar que todas as cidades e pequenas Vilas têm
o seu museu. O que faz com que a Itália (além do turismo religioso...)
seja o pais mais visitado e com mais turistas do Mundo.
Isto porque os vestígios e documentos históricos do que foi entre
tantos outros um grande Imperium continuam a ser localmente
bastante protegidos. E,claro, muito Visitados.
Fiquemos por aqui porque o que continua a ser necessário: "é
ousar pensar; ousar realizar" que é precisamente aquilo que nos
anda visivelmente a faltar.Passam os mandatos e as ruinas de
Juromenha continuam e hão-de continuar. Se é isto o turismo?...
Cumprimentos
ANBerbem
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