terça-feira, 19 de junho de 2018

"UNS COMEM OS FIGOS, OUTROS REBENTA-LHES A BOCA"

…No entanto, do ponto de vista da lei, “é o museu que tem quase mil tesouros nacionais, registados pelos legisladores e especialistas, que selecionaram e consideraram que são bens de interesse nacional”.
António Carvalho tem dificuldade em nomear os tesouros do Museu Nacional de Arqueologia, porque são muitos, dentro das centenas de milhares de peças que o museu alberga, mas realça alguns: “O núcleo do Endovélico, cujo templo se localizava no atual concelho do Alandroal, assume um papel de grande relevo no museu”.



5 comentários:

Anónimo disse...



OBS.


Componentes históricas em mármore do Pártenon foram desviadas para

Londres, no século XIX, estando agora o governo inglês aberto à sua

devolução à Grécia como é um imperativo civilizacional que venha e vai

acontecer.

Serve este exemplo, para tornar a defender que "os Documentos do Templo

Emdovélico", aqui mostrados e pertencentes ao Concelho do Alandroal, é

por aqui que deviam estar em museu e condições adequadas.

Isto se o Município tiver capacidade para o fazer. Sendo certo que não

é um exercício fácil, vale por isso mesmo a pena recomeçá-lo.Com a

convicção de que a "valorização historica e monumental" compensaria

todos os esforços que tiverem de ser feitos.

Os Alandroalenses têm esse sonho!


Saudações


ANBerbem


Luis Lobato de Faria disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Comentário ao Comentário


Caro L.Lobato de Faria


Lisboa é centralista. Sempre o foi. Mas há que forçar-lhe a mão porque

o Alem tejo representa mais de um terço de Portugal. Concordo que no

breve comentário que fiz, não realcei suficientemente a Vila de Terena.

Aqui fica,portanto, a minha concordância com o que transmitiu. O mais

importante é que, em matéria histórica e religiosa milenar, "o núcleo

do Endovélico" faz mais falta ao Concelho ao qual pertence do que ao

Museu de Arqueologia por mais centralizador que este possa ser.

Trata-se, mais uma vez, de consciencializar a Autarquia e os Autarcas

para a criação de um Projecto Cultural para o qual devem estar

inovadoramente preparados. Bastava,aliás, ter já visto e revisto,

digamos assim,aquele fabuloso núcleo Endovelico.

Isto a não ser que,de mandato em mandato, andem a iludir-nos com uma

mão cheia de areia e a outra cheia de nada. Ou de coisa nenhuma.Apenas

dando notícias da aprovação de umas pequenas bagatelas com um

interesse menor e meramente burocrático.

Adiantaria que, o caso da Fortaleza de Juromenha, é mais um sinal

penoso de quem corre atrás de uma das suas Torres quando a

vê cair... E o resto? E o que falta? E o que sobra quando é que irá

ser tratado a sério e com outro empenho?

Mais: se alguém é levado a pensar que é somente uma questão de

meios de investimento,desenganem-se porque não é politicamente

verdadeiro. O ambiente no país,hoje, é já outro. Chamemos-lhe,por

agora, aberto e pluridisciplinar.

Saudações


ANBerbem

Anónimo disse...

Caro ANBerbem, não tem comparação o caso entre a Inglaterra e a Grécia que mencionou e este caso das peças do Endovélico.
Neste caso é um museu nacional, como tal de todos os portugueses, onde se tratam, guardam e expõem peças de todo o país. Se pensássemos assim para todas as colecções tínhamos mesmo que repensar a utilidade dos museus nacionais, se cada terra quisesse as suas peças não haveriam museus nacionais de nada.
Um museu no Alandroal com a colecção de Endovélico (que não é a única do Alandroal que lá está) significava que uma quantidade enormemente inferior de gente a visse e o tal museu só se justificava se houvesse uma estrutura muito bem montada, que implicava muito boa gestão, boa e muita divulgação, muitas actividades, etc.
Não é nada fácil desviar o turismo que procura este tipo de coisas das cidades grandes, ou médias, (como Évora, Mérida, Lisboa, Coimbra, Chaves, etc).
Não se tenha a ilusão que um museu com as peças de Endovélico só por si melhorava muito a condição do concelho.
E a questão de que o que é nosso deve vir para cá também não é lá muito válida, visto que o que já cá temos não é bem tratado.

Anónimo disse...



Caro comentador das 14.42

Agradeço o seu comentário.


Mas faz-me uma certa impressão ver o centralismo de Lisboa novamente

defendido quando Lisboa já tem o Museu Nacional de Arte Antiga e

Outros(para só citar este caso) que a tornam, de per si, um grande centro

cultural. Que já pretendeu ser Imperial e agora anda a desenvolver

novamente o tema com a criação de um Museu das Descobertas alusivas ao

nosso Império Marítimo, centrado no poder marítimo e na nossa expansão:

pluricontinental e plurioceânico.

Diria pois,que não são os grandes polos culturais que têm de andar a

servir comodamente o turismo e os turistas. O turismo é, pela sua

propria natureza, uma actividade humana com grande mobilidade pelo que

se desloca para onde for necessário para ver o que pretende ver. É assim

que se descentraliza culturalmente um país.E se, valorizaria o Concelho.

Citei o exemplo de Londres versus Atenas. Mas se for,por exemplo, até

Italia vai verificar que todas as cidades e pequenas Vilas têm

o seu museu. O que faz com que a Itália (além do turismo religioso...)

seja o pais mais visitado e com mais turistas do Mundo.

Isto porque os vestígios e documentos históricos do que foi entre

tantos outros um grande Imperium continuam a ser localmente

bastante protegidos. E,claro, muito Visitados.

Fiquemos por aqui porque o que continua a ser necessário: "é

ousar pensar; ousar realizar" que é precisamente aquilo que nos

anda visivelmente a faltar.Passam os mandatos e as ruinas de

Juromenha continuam e hão-de continuar. Se é isto o turismo?...




Cumprimentos


ANBerbem