De entre vários comentários então enviados a este
propósito resultou uma saudável e educada troca de argumentos, que pelo seu conteúdo
merecem ser meditados, e como tal “puxados”
para o rosto do blogue:
«Componentes
históricas em mármore do Pártenon foram desviadas para Londres, no século
XIX, estando agora o governo inglês aberto à sua devolução à Grécia como é
um imperativo civilizacional que venha e vai acontecer.
Serve este exemplo, para tornar a defender que "os Documentos do Templo Endovélico", aqui mostrados e pertencentes ao Concelho do Alandroal, é por aqui que deviam estar em museu e condições adequadas. Isto se o Município tiver capacidade para o fazer. Sendo certo que não
é um exercício fácil, vale por isso mesmo a pena recomeçá-lo.Com a convicção de que a "valorização historica e monumental" compensaria todos os esforços que tiverem de ser feitos.
Os Alandroalenses têm esse sonho!
Saudações
ANBerbem
19 junho, 2018 20:57
xxxxxxxxxxxxxxxxx
Caro ANBerbem, não tem comparação o caso entre a Inglaterra e a Grécia que mencionou e este caso das peças do Endovélico.
Neste caso é um museu nacional, como tal de todos os portugueses, onde se tratam, guardam e expõem peças de todo o país. Se pensássemos assim para todas as colecções tínhamos mesmo que repensar a utilidade dos museus nacionais, se cada terra quisesse as suas peças não haveriam museus nacionais de nada.
Um museu no Alandroal com a colecção de Endovélico (que não é a única do Alandroal que lá está) significava que uma quantidade enormemente inferior de gente a visse e o tal museu só se justificava se houvesse uma estrutura muito bem montada, que implicava muito boa gestão, boa e muita divulgação, muitas actividades, etc.
Não é nada fácil desviar o turismo que procura este tipo de coisas das cidades grandes, ou médias, (como Évora, Mérida, Lisboa, Coimbra, Chaves, etc).
Não se tenha a ilusão que um museu com as peças de Endovélico só por si melhorava muito a condição do concelho.
E a questão de que o que é nosso deve vir para cá também não é lá muito válida, visto que o que já cá temos não é bem tratado. - Anónimo
xxxxxxxxxxx
Lisboa é centralista. Sempre o foi. Mas há que forçar-lhe a mão porque o Alem tejo representa mais de um terço de Portugal. Concordo que no breve comentário que fiz, não realcei suficientemente a Vila de Terena.
Aqui fica,portanto, a minha concordância com o que transmitiu. O mais importante é que, em matéria histórica e religiosa milenar, "o núcleo do Endovélico" faz mais falta ao Concelho ao qual pertence do que ao Museu de Arqueologia por mais centralizador que este possa ser.
Trata-se, mais uma vez, de consciencializar a Autarquia e os Autarcas para a criação de um Projecto Cultural para o qual devem estar inovadoramente preparados. Bastava,aliás, ter já visto e revisto, digamos assim,aquele fabuloso núcleo Endovelico.
Isto a não ser que,de mandato em mandato, andem a iludir-nos com uma mão cheia de areia e a outra cheia de nada. Ou de coisa nenhuma.Apenas dando notícias da aprovação de umas pequenas bagatelas com um
interesse menor e meramente burocrático.
Adiantaria que, o caso da Fortaleza de Juromenha, é mais um sinal penoso de quem corre atrás de uma das suas Torres quando a vê cair... E o resto? E o que falta? E o que sobra quando é que irá ser tratado a sério e com outro empenho?
Mais: se alguém é levado a pensar que é somente uma questão de meios de investimento,desenganem-se porque não é politicamente verdadeiro. O ambiente no país,hoje, é já outro. Chamemos-lhe,por agora, aberto e pluridisciplinar.
Saudações
ANBerbem
xxxxxxxxxxxx
Caro comentador das 14.42
Agradeço o seu comentário.
Mas faz-me uma certa impressão ver o centralismo de Lisboa novamente defendido quando Lisboa já tem o Museu Nacional de Arte Antiga e Outros (para só citar este caso) que a tornam, de per si, um grande centro
cultural. Que já pretendeu ser Imperial e agora anda a desenvolver novamente o tema com a criação de um Museu das Descobertas alusivas ao nosso Império Marítimo, centrado no poder marítimo e na nossa expansão: pluricontinental e plurioceânico.
Diria pois,que não são os grandes polos culturais que têm de andar a servir comodamente o turismo e os turistas. O turismo é, pela sua propria natureza, uma actividade humana com grande mobilidade pelo que
se desloca para onde for necessário para ver o que pretende ver. É assim que se descentraliza culturalmente um país.E se, valorizaria o Concelho.
Citei o exemplo de Londres versus Atenas. Mas se for,por exemplo, até Italia vai verificar que todas as cidades e pequenas Vilas têm o seu museu. O que faz com que a Itália (além do turismo religioso...)
seja o pais mais visitado e com mais turistas do Mundo. Isto porque os vestígios e documentos históricos do que foi entre tantos outros um grande Imperium continuam a ser localmente bastante protegidos. E,claro, muito Visitados.
Fiquemos por aqui porque o que continua a ser necessário: "é ousar pensar; ousar realizar" que é precisamente aquilo que nos anda visivelmente a faltar.Passam os mandatos e as ruinas de Juromenha continuam e hão-de continuar. Se é isto o turismo?...
Cumprimentos
ANBerbem
Serve este exemplo, para tornar a defender que "os Documentos do Templo Endovélico", aqui mostrados e pertencentes ao Concelho do Alandroal, é por aqui que deviam estar em museu e condições adequadas. Isto se o Município tiver capacidade para o fazer. Sendo certo que não
é um exercício fácil, vale por isso mesmo a pena recomeçá-lo.Com a convicção de que a "valorização historica e monumental" compensaria todos os esforços que tiverem de ser feitos.
Os Alandroalenses têm esse sonho!
Saudações
ANBerbem
19 junho, 2018 20:57
xxxxxxxxxxxxxxxxx
Caro ANBerbem, não tem comparação o caso entre a Inglaterra e a Grécia que mencionou e este caso das peças do Endovélico.
Neste caso é um museu nacional, como tal de todos os portugueses, onde se tratam, guardam e expõem peças de todo o país. Se pensássemos assim para todas as colecções tínhamos mesmo que repensar a utilidade dos museus nacionais, se cada terra quisesse as suas peças não haveriam museus nacionais de nada.
Um museu no Alandroal com a colecção de Endovélico (que não é a única do Alandroal que lá está) significava que uma quantidade enormemente inferior de gente a visse e o tal museu só se justificava se houvesse uma estrutura muito bem montada, que implicava muito boa gestão, boa e muita divulgação, muitas actividades, etc.
Não é nada fácil desviar o turismo que procura este tipo de coisas das cidades grandes, ou médias, (como Évora, Mérida, Lisboa, Coimbra, Chaves, etc).
Não se tenha a ilusão que um museu com as peças de Endovélico só por si melhorava muito a condição do concelho.
E a questão de que o que é nosso deve vir para cá também não é lá muito válida, visto que o que já cá temos não é bem tratado. - Anónimo
xxxxxxxxxxx
Lisboa é centralista. Sempre o foi. Mas há que forçar-lhe a mão porque o Alem tejo representa mais de um terço de Portugal. Concordo que no breve comentário que fiz, não realcei suficientemente a Vila de Terena.
Aqui fica,portanto, a minha concordância com o que transmitiu. O mais importante é que, em matéria histórica e religiosa milenar, "o núcleo do Endovélico" faz mais falta ao Concelho ao qual pertence do que ao Museu de Arqueologia por mais centralizador que este possa ser.
Trata-se, mais uma vez, de consciencializar a Autarquia e os Autarcas para a criação de um Projecto Cultural para o qual devem estar inovadoramente preparados. Bastava,aliás, ter já visto e revisto, digamos assim,aquele fabuloso núcleo Endovelico.
Isto a não ser que,de mandato em mandato, andem a iludir-nos com uma mão cheia de areia e a outra cheia de nada. Ou de coisa nenhuma.Apenas dando notícias da aprovação de umas pequenas bagatelas com um
interesse menor e meramente burocrático.
Adiantaria que, o caso da Fortaleza de Juromenha, é mais um sinal penoso de quem corre atrás de uma das suas Torres quando a vê cair... E o resto? E o que falta? E o que sobra quando é que irá ser tratado a sério e com outro empenho?
Mais: se alguém é levado a pensar que é somente uma questão de meios de investimento,desenganem-se porque não é politicamente verdadeiro. O ambiente no país,hoje, é já outro. Chamemos-lhe,por agora, aberto e pluridisciplinar.
Saudações
ANBerbem
xxxxxxxxxxxx
Caro comentador das 14.42
Agradeço o seu comentário.
Mas faz-me uma certa impressão ver o centralismo de Lisboa novamente defendido quando Lisboa já tem o Museu Nacional de Arte Antiga e Outros (para só citar este caso) que a tornam, de per si, um grande centro
cultural. Que já pretendeu ser Imperial e agora anda a desenvolver novamente o tema com a criação de um Museu das Descobertas alusivas ao nosso Império Marítimo, centrado no poder marítimo e na nossa expansão: pluricontinental e plurioceânico.
Diria pois,que não são os grandes polos culturais que têm de andar a servir comodamente o turismo e os turistas. O turismo é, pela sua propria natureza, uma actividade humana com grande mobilidade pelo que
se desloca para onde for necessário para ver o que pretende ver. É assim que se descentraliza culturalmente um país.E se, valorizaria o Concelho.
Citei o exemplo de Londres versus Atenas. Mas se for,por exemplo, até Italia vai verificar que todas as cidades e pequenas Vilas têm o seu museu. O que faz com que a Itália (além do turismo religioso...)
seja o pais mais visitado e com mais turistas do Mundo. Isto porque os vestígios e documentos históricos do que foi entre tantos outros um grande Imperium continuam a ser localmente bastante protegidos. E,claro, muito Visitados.
Fiquemos por aqui porque o que continua a ser necessário: "é ousar pensar; ousar realizar" que é precisamente aquilo que nos anda visivelmente a faltar.Passam os mandatos e as ruinas de Juromenha continuam e hão-de continuar. Se é isto o turismo?...
Cumprimentos
ANBerbem
1 comentário:
O comentador anónimo não leva em conta:
- Há centenas de peças no MNA da colecção Endovélico, estando a maior parte encaixotadas, para quê? Dá para vários Museus.
- As peças realmente pertencem ao Alandroal
- Onde não há nada, um Museu é um primeiro e grande passo
- No MNA existem dezenas de colecções, acha que mais uma faz diferença?
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