RUI MENDES
UM PROBLEMA. TRÊS SOLUÇÕES
O problema do descongelamento do tempo de serviço dos professores
está transformado numa autêntica confusão.
Teremos que recordar que este
problema só existe por irresponsabilidade deste Governo, porque apareceu como
se fosse o salvador de todos os problemas e disse aquilo que não deveria ter
dito.
A contagem do tempo de serviço dos
professores passou assim a ser um problema político sensível para o Governo.
Chegados a 2018 e sem que exista uma
solução para os professores que prestam funções no continente, surgem as
soluções para os docentes que prestam funções nos regiões autónomas. Como se
não fossemos um único país, como se fosse possível, por razões de equidade,
resolver o problema de formas diferentes.
Enfim, diremos que é o que temos.
Caminhamos assim para criar mais
desigualdades.
Na Madeira, ao que parece, todo o
tempo de serviço será contado pelo Governo Regional, sendo o pagamento iniciado
em 2019 e diluído durante os próximos sete anos.
Nos Açores apenas será contado o
tempo de 2 anos, quatro meses e dois dias, com pagamento faseado em 2018 e
2019.
No Continente subsiste a dúvida
sobre a solução que será adoptada, sendo que os professores não aceitam outra
solução que não a contagem integral do tempo congelado.
O ministério da educação foi
empurrando o problema até que lhe foi possível, e que agora está em total
desorientação. Aliás, parece até que entrou de férias, talvez para reflectir.
Não se esqueça este Governo que
quando tiver a solução para o problema dos professores terá ainda outros para
resolver de idêntica natureza, pelo que, esses outros grupos profissionais
estarão na expectativa de saber qual a solução que será adoptada, para exigirem
uma solução igual para as suas carreiras.
É curioso. O congelamento de todas
estas carreiras aconteceu por um governo socialista, estando agora nas mãos da
actual Troika, composta pelos partidos que apoiam o governo, a solução do
problema, pese embora os efeitos orçamentais destes reposicionamentos venham a
recair sobre os próximos orçamentos, pelo que o problema orçamental passará
para o próximo governo.
Será especialmente por essa razão
porque só em 2018, no seu terceiro ano de funções, o Governo aborda o problema.
Ainda que seja forçado a arranjar a solução para o descongelamento, certamente
não terá que responder pelo garante das condições orçamentais.
Até para a semana
Sem comentários:
Enviar um comentário